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Supla é criticado após falas sobre preconceito no "Encontro"

Fátima Bernardes fez um jogo com os participantes, que respondiam questões para identificar se eram vítimas de preconceito

Os comentários de Supla deram o que falar no Twitter (Stephen Lovekin/ Getty Images/Getty Images)

Os comentários de Supla deram o que falar no Twitter (Stephen Lovekin/ Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2018 às 17h02.

Última atualização em 25 de abril de 2018 às 17h51.

Nesta quarta-feira, 25, Supla foi um dos convidados do Encontro, que teve como temas o preconceito contra intolerância religiosa e racismo. Entretanto, espectadores comentaram nas redes sociais de forma negativa sobre os comentários do cantor.

Em um momento, Fátima Bernardes fez um jogo com os participantes, que respondiam questões para identificar se eram vítimas de preconceito religioso. Uma das perguntas foi: "Já riram de você por usar vestimentas ligadas a sua religião?" e Supla respondeu: "Minha religião é o rock and roll, então já riram várias vezes, já falaram várias vezes". Ele então disse que já sofreu preconceito também.

Antes disso, um casal de uma mulher branca com um homem negro havia falado sobre as dificuldades do relacionamento inter-racial, que ainda é alvo de preconceito no Brasil. Os dois contaram que, numa viagem a Campos do Jordão (SP), foram vítimas de situações constrangedoras e olhares maldosos.

Supla comentou o caso justificando que o preconceito era resultado do lugar em que eles estavam. "Eu fiquei pensando... Campos do Jordão é um lugar de playboyzada, e tem pessoas muito preconceituosas de São Paulo que vão pra lá mesmo, é de alta classe", disse o cantor.

Supla então foi interrompido por Fátima, que disse que "não é uma questão regional, e que ultrapassa os limites dos Estados, as divisas".

O cantor respondeu citando um exemplo dos Estados Unidos: "Olha, eu acho um absurdo isso, o que aconteceu nos EUA, suástica rodando, é um negócio que eu fico até sem jeito, fico revoltado com uma história dessa. Aí eu lembrei do Jay-Z falando com o David Letterman, que por um lado é bom, porque agora as pessoas estão mostrando e a gente pode ver que há a maldade dessas pessoas".

Ele finalizou dizendo: "Para com esse papo de branco, negro, japonês, nós todos somos seres humanos, nenhum ser humano é melhor ou pior que outro, somos todos iguais, respiramos o mesmo ar", e promoveu seu novo álbum, Ilegal.Em outro momento, Supla respondeu a convidada Maíra Azevedo, que é negra, dizendo que ele também era imigrante. "Eu também sou imigrante, somos todos imigrantes, assim como você que veio da África", e ela rebateu: "Eu não, sou daqui mesmo".

Os comentários de Supla deram o que falar no Twitter e seu nome foi parar nos tópicos mais comentados da rede social no Brasil.

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