Casual

Sua Majestade, o tempo: a despedida de Gilberto Gil dos grandes palcos com a última turnê

Para marcar o compasso dessa celebração, a Rolex é o relógio oficial dos shows e faz a contagem das cerca de duas horas de espetáculo

Gilberto Gil em foto promocional: trajetória de 60 anos de carreira e 82 de vida em 2 horas de show (Divulgação/Divulgação)

Gilberto Gil em foto promocional: trajetória de 60 anos de carreira e 82 de vida em 2 horas de show (Divulgação/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 26 de abril de 2025 às 08h35.

Para Einstein, o tempo é relativo. Para Newton, o tempo é absoluto. No cristianismo, o tempo é linear. Para Gilberto Gil, ele é o Rei — com letra maiúscula. Quando compôs a música Tempo Rei, em 1984, Gil propôs uma resposta à canção Oração ao Tempo, de Caetano Veloso. Enquanto a música de Caetano sugere que o tempo e o próprio criador desaparecerão, a letra de Gil expressa um desejo vago de permanência e transformação.

Talvez tenha sido por isso que o artista escolheu essa canção para batizar sua última turnê, iniciada em Salvador, no dia 15 de março, e que está passando por dez cidades brasileiras, além de datas confirmadas nos Estados Unidos e na Europa. Para marcar o compasso dessa celebração, a Rolex é o relógio oficial dos shows e faz a contagem das cerca de duas horas de espetáculo, uma viagem emocionante pela trajetória de 60 anos de carreira e 82 anos de vida.

Se o tempo é majestade para Gil, parar não faz parte de seus planos. “Quero continuar fazendo música em outro ritmo”, diz. Agora, os segundos do relógio parecem caminhar mais lentamente para um Gil que deseja estar mais próximo da família, em especial da filha Preta Gil, que enfrenta uma batalha contra o câncer. Ela, com toda a família, esteve presente na abertura da turnê, ao lado das 53.000 pessoas que lotaram a Fonte Nova.

Naquela noite, em meio a uma energia uníssona, parecia que o tempo, tão celebrado e questionado, simplesmente havia parado. E, se há algo que Gil nos ensina, é que, para quem vive de música e amor, o tempo não é pressa nem partida — é eternidade.

Acompanhe tudo sobre:ArteMúsica

Mais de Casual

Quanto custa viajar para Berlim?

Linha Move, de roupas tecnológicas que não amassam, é a nova aposta da Oficina

Série da Netflix escancara os dentes imperfeitos do sorriso alegre de Carlos Alcaraz

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no fim de semana