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Stevie Wonder desfila sucessos e contagia o público no Rock in Rio

Em um dos pontos altos do show, uma integrante da banda de apoio cantou "Garota de Ipanema" em inglês, enquanto Wonder acompanhava no piano e, depois, na gaita

No Rock in Rio, Stevie Wonder preparou um repertório de duas horas de duração (Getty Images)

No Rock in Rio, Stevie Wonder preparou um repertório de duas horas de duração (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 06h17.

Rio de Janeiro - A banda britânica Jamiroquai pôs o Rio de Janeiro para dançar nesta quinta-feira com sua mistura de funk e jazz, e Stevie Wonder desfilou sua inesgotável coleção de hits na apresentação mais aguardada desta quarta noite de Rock in Rio.

Paramentado como um índio, o vocalista do Jamiroquai, Jay Kay, ganhou a plateia em pouco mais de uma hora de show com sucessos como "Cosmic Girl", "Little L", "Travelling Without Mooving" e "Love Foolosophy".

Depois da explosiva "Deeper Underground", a banda deixou o palco para voltar em poucos instantes após o apelo entusiasmado do público, que foi saudado por fim com "White Knuckle Ride".

Para encerrar a noite, Stevie Wonder preparou um repertório de duas horas de duração, com mais de 20 canções com as quais liderou as listas de vendas nas últimas décadas.

A apresentação de Wonder começou com "How Sweet It Is", um grande sucesso do soul que deslumbrou grande parte dos 100 mil espectadores que lotaram a Cidade do Rock. A partir daí, o americano apresentou temas como " I Just Called To Say I Love You", "Overjoyed" e "Higher Ground", enquanto pedia a participação de uma plateia em êxtase.

Em um dos pontos altos do show, uma integrante da banda de apoio do artista americano cantou "Garota de Ipanema", em inglês, enquanto Wonder acompanhava no piano e, depois, na gaita. O público, por sua vez, se uniu em 100 mil vozes para declamar os versos de Tom Jobim em português.

Em uma nova surpresa, Wonder arranhou no português para puxar "Você Abusou", sendo correspondido de imediato pelos fãs, que deliravam.

Antes desta inesquecível apresentação do mito do soul, o gênero já tinha sido brindado com os shows de outras duas dignas representantes: a americana Janelle Monáe, segunda artista a subir ao Palco Mundo; e a poderosa voz da britânica Joss Stone, que ofereceu uma atuação cheia de energia no Palco Sunset.


A noite também teve Ke$ha, fenômeno da música pop adolescente, que apresentou temas dançantes, como a popular "Tik Tok". O show da americana, porém, só conseguiu o aplauso dos mais jovens, que se acotovelaram nas primeiras fileiras.

Com falhas vocais perceptíveis, a cantora apostou na pose rebelde, sob a qual bebeu um copo de sangue de mentira e quebrou uma guitarra no palco. Sua falta de empatia, no entanto, levou o público a responder com silêncio após cada canção.

Contrastando com o show de Ke$ha, os trabalhos no Palco Mundo foram iniciados com uma emocionante apresentação em homenagem à Legião Urbana.

Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, membros da extinta banda, dividiram o palco com a Orquestra Sinfônica Brasileira e artistas como Rogério Flausino (Jota Quest), Dinho Ouro Preto (Capital Inicial) e Pitty para relembrar velhos sucessos. A fórmula agradou ao público, que cantou em uma só voz músicas como "Pais e Filhos" e "Será".

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