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Stallone revela pressão para fazer "Creed"

Um Sylvester Stallone mais relaxado e irônico encarna outra vez o famoso boxeador Rocky Balboa em seu novo filme

Sylvester Stallone em lançamento de "Creed": "todo o mundo me dizia 'é uma ideia horrível, o que está fazendo?' porque pensavam que eu estaria no ringue" (Eddie Keogh/Reuters)

Sylvester Stallone em lançamento de "Creed": "todo o mundo me dizia 'é uma ideia horrível, o que está fazendo?' porque pensavam que eu estaria no ringue" (Eddie Keogh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2016 às 17h09.

Londres - Um Sylvester Stallone mais relaxado e irônico encarna outra vez o famoso boxeador Rocky Balboa em seu novo filme, "Creed: Nascido para Lutar", sobre o qual afirmou que "houve muita pressão" durante a filmagem porque o público "pensava que seria 'Rocky VII'".

Em entrevista à Agência Efe acompanhado pelo outro protagonista do filme, o jovem Michael B. Jordan, Stallone deixou claro que "Creed" não é uma sequência da saga do 'Garanhão Italiano', mas uma história derivada.

O filme, já em cartaz no Brasil, mostra a história de Adonis (Jordan), filho do eterno rival de Balboa e também boxeador Apollo Creed, que decide seguir os passos de seu pai e tenta convencer o personagem de Stallone para que seja seu treinador e o prepare para competir.

O veterano ator americano contou que, quando foi divulgado que Balboa voltaria às telas de cinema nove anos depois, teve que escutar comentários negativos.

"Todo o mundo me dizia 'é uma ideia horrível, o que está fazendo?' porque pensavam que eu estaria no ringue", relatou o ator que, sem terminar a frase, bateu seu punho fechado na palma de sua outra mão e começou a rir de forma zombadora.

Da mesma forma que esta é a primeira ocasião que Stallone deixa penduradas suas luvas de boxe e observa o mundo do pugilismo à certa distância, também é a primeira vez que não assina o roteiro de um filme protagonizada por seu alter ego.

No entanto, a tática parece ter dado certo já que sua interpretação de um Rocky Balboa aposentado lhe valeu o primeiro Globo de Ouro de toda sua carreira e inclusive uma indicação ao Oscar, reconhecimento que não conseguia desde 1977.

Com outra sonora gargalhada, Stallone admitiu ter sentido ciúmes de Jordan, que domina durante todo o filme o ringue de boxe, e ressaltou que, embora pensasse que ainda podia enfrentar algumas cenas de combate corpo a corpo, "na verdade não, não posso".

Apesar de encarnar um Balboa duro e exigente que submete seu pupilo a intensos treinamentos, tanto diante como por trás das câmaras ambos atores mantêm uma relação fraternal misturada com um humor descontraído.

"Tentávamos manter sempre o espírito pai e filho porque se você vai a um local de treinamento verá que aquilo não é tão sério, porque se não seu cérebro explode", comentou Stallone, ao que Jordan acrescentou "Ou te consome".

O jovem ator, que já dividiu a tela com Keanu Reeves e Zac Efron, entre outros, negou ter sentido pressão por fazer parte de "Creed" e teorizou que "Rocky reconhece a si mesmo em Adonis", o que faz com que ambos personagens "se necessitem ao mesmo tempo", mas demoram em admitir.

Para assinar as palavras de seu companheiro, Stallone ressaltou que "quando Adonis aparece, Rocky se dá conta que seu mundo ficou muito pequeno e só quer desaparecer porque já não tem nada pelo que viver".

"Essa é a 'moral' do filme: de unir-se apesar de serem diferentes em todos os níveis", explicou Stallone enquanto gesticulava com suas mãos.

Trabalhar ao lado do ator de 70 anos permitiu a Jordan, de 28, escutar seus sábios conselhos na hora de colocar-se em cima do ringue e de lidar com a imprensa.

"No início lhe disse que se retirasse, que estava acabado", brincou Stallone, que prosseguiu enquanto piscava um olho: "Depois lhe expliquei que, quando desse entrevistas, o melhor era não dizer nada".

"Ele me disse que eu devia falar com o olhar", completou Jordan enquanto deixava transparecer um sorriso.

Quando perguntados sobre se o público voltará a ver Balboa e Adonis trabalhar juntos, Stallone apressou-se a deixar claro seu desejo enquanto Jordan posava seus olhos sobre ele: "Espero que sim".

Após a resposta do mestre, o discípulo assimilou a mensagem e cravou: "Eu espero isso também".

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