Porshe: a marca já havia atenuado a questão com a segunda geração do modelo, lançada no ano passado (Quatro Rodas/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2017 às 16h31.
Desde o seu lançamento, em 2009, o Porsche Panamera tornou-se um sucesso de vendas – e um divisor de críticas. Por um lado, sua combinação de performance próxima de um superesportivo com o refinamento e conforto de um sedã de luxo é imbatível.
Por outro, a solução visual de sedã com perfil de cupê não conseguiu criar uma identidade própria, sempre remetendo a um 911 esticado.
A Porsche já havia atenuado a questão com a segunda geração do modelo, lançada no ano passado. E agora arrebata elogios do mundo inteiro com o Panamera Sport Turismo, versão de produção do conceito exibido em 2013.
A plataforma é exatamente a mesma do Panamera, com medidas iguais – 5,04 m de comprimento, 1,93 m de largura e entre-eixos de 2,95 m. O design também segue idêntico até a coluna B, entre as portas dianteiras e traseiras. A partir daí, o teto e as janelas perdem o caimento suave, terminando de maneira mais abrupta.
A traseira é arrematada por um spoiler de funcionamento ativo. Até os 170 km/h (esses alemães e suas autobahns…), ele permanece em um ângulo de menos de sete graus, o que reduz o arrasto sem prejudicar o consumo de combustível. Acima de 170 km/h (ou se os modos Sport e Sport Plus de direção estiverem acionados), ele ganha um grau de incidência para gerar até 50 kg de downforce no eixo traseiro.
Uma terceira angulação de 26º pode ser escolhida para que o spoiler minimize o ruído do vento quando o teto solar panorâmico estiver aberto.
O estilo shooting brake deu mais personalidade ao carro, e também mais funcionalidade. Graças à menor inclinação do teto, o espaço para as cabeças de quem vai atrás aumentou, assim como a facilidade de acesso.
O banco traseiro, por sinal, é um 2 +1: ótima comodidade para dois passageiros e espaço um pouco apertado para mais uma pessoa no meio, se necessário. Como opcional, o Sport Turismo pode ter dois bancos individuais ali, com ajustes elétricos.
O porta-malas também aumentou, além de ter seu acesso facilitado pela menor altura da porta em relação ao solo. São 520 litros até o tampão e um volume máximo de 1.390 litros com os bancos traseiros rebatidos. A Porsche ainda oferece trilhos, redes e ganchos para organizar melhor a bagagem.
Para o motorista, tudo permanece como no novo Panamera: o interior tem refinamento impressionante, com materiais e acabamento sempre de bom gosto. Há telas digitais perfeitamente harmonizadas no painel de instrumentos e no console central.
A nova perua terá cinco opções de motorização: Panamera 4 Sport Turismo (330 cv), Panamera 4S Sport Turismo (440 cv), Panamera 4 E-Hybrid Sport Turismo (462 cv combinados), Panamera 4S Diesel Sport Turismo (421 cv) e o top de linha Panamera Turbo Sport Turismo (549 cv). Este último deve manter os dados de desempenho do sedã: de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos, com máxima de 306 km/h.
Todas as configurações trazem tração integral e o arsenal completo de recursos dinâmicos presentes no Panamera de 2ª geração: suspensão pneumática ajustável, esterçamento do eixo traseiro, barras estabilizadoras ativas comandadas eletromecanicamente.
O Sport Turismo começará a ser vendido na Europa em outubro, por preços entre 97.557 euros (Panamera 4 Sport Turismo) e 158.604 euros (Panamera Turbo Sport Turismo).
O modelo deve chegar ao Brasil até o final de 2017. Versões, pacotes de equipamentos e preços, porém, ainda não foram definidos.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site Quatro Rodas.