Chanel: marcas de luxo produzem muito mais que uma roupa, as peças podem ser consideradas verdadeiras obras de arte (Dan Kitwood/Getty Images)
Fernando Pivetti
Publicado em 6 de outubro de 2017 às 14h29.
São Paulo - Quem já comprou algum artigo de luxo em qualquer loja reconhecida sabe que por trás desse tipo de produto existem materiais e procedimentos que exigem respeito.
Apesar do preço muitas vezes não ser atrativo, o luxo oferece ao consumidor uma experiência única de consumo.
Mas mesmo aqueles que têm livre acesso às grifes de moda devem ter cuidados especiais na hora de consumir.
Comprar toda a coleção ou escolher as peças mais luxuosas somente para garantir a exclusividade é apontado pela consultora de estilo pessoal Juliana Sena como o principal erro de qualquer consumidor.
Em entrevista para o site EXAME, Juliana afirma que as pessoas devem respeitar seu estilo pessoal na hora de escolher as roupas. Sem esse cuidado, o cliente corre o risco de nunca usar a peça porque simplesmente ela não se encaixa com nenhum outro item que possui em casa.
Outra dica é buscar marcas com as quais realmente se identifique, buscando costuras que tem a ver com o estilo de vida e os hábitos da pessoa no dia a dia. “É uma questão de se ver na marca.”
De maneira geral, ela lembra que o consumidor deve se preocupar com a manutenção daquilo que compra, usando produtos de forma consciente.
Desde as tecnologias mais avançadas dentro de um modelo atual da Lamborghini até as bolsas da última coleção da Gucci, cada produto se diferencia pela qualidade e pelo difícil acesso aos seus materiais.
Muito além da produção de ponta, o número reduzido de itens é o fator que determina a tão procurada exclusividade.
E para aqueles que pensam que luxo é sinônimo de artigos exclusivos, um alerta: saber o que comprar e como escolher os produtos certos é crucial para que essa lógica funcione.
Juliana ressalta que as coleções costumam ter seus principais itens rotulados pelo mercado comum.
Apesar de muitas marcas serem alvo de falsificações fora do mercado de luxo, apostar em cores, tecidos e modelos diferentes é a saída para garantir a exclusividade.
A consultora lembra que a qualidade de confecção de qualquer artigo de luxo é maior do que os produtos feitos em marcas mais comerciais.
Na indústria da moda, por exemplo, o tingimento e o corte dos tecidos de grife são manuais e as pedrarias são bordadas à mão por profissionais especializados.
Segundo ela, as marcas de luxo produzem muito mais que uma roupa, as peças podem ser consideradas verdadeiras obras de arte.
A durabilidade dos produtos também é destaque nesta conta. “Itens luxuosos muitas vezes passam de mãe para filha, e aquilo que está em alta hoje, no futuro se torna “vintage” e abre espaço para que aquela peça siga por muitos anos no guarda-roupa.”