As camas de papelão para os Jogos de Tóquio. (Tokyo 2020/Reprodução)
Julia Storch
Publicado em 20 de julho de 2021 às 10h00.
Conforme os atletas desembarcam em Tóquio para os Jogos Olímpicos, muitos se deparam em seus quartos com o móvel principal, a cama, feita de um material inusitado: papelão.
Quer receber as atualizações dos Jogos Olímpicos de Tóquio? Assine a newsletter de Casual
Seguindo as diretrizes dos Jogos para uma Olimpíada “verde”, para as premiações, as medalhas foram feitas de eletrônicos descartáveis. Já as camas modulares, fabricadas pela empresa japonesa Airweave, pela primeira vez serão recicláveis.
Porém, em épocas de coronavírus e do distanciamento social, atletas vêm questionando o real motivo de uma cama feita de papel: não suportar mais de uma pessoa.
No Twitter, o corredor americano Paul Chelimo, disse que as camas não suportavam mais de uma pessoa e foram “feitas para evitar a intimidade entre os atletas”. Assim, as camas passaram a ser rotuladas nas redes sociais como “anti-sexo”.
Porém, outro atleta resolveu testar a resistência da cama. Rhys McClenaghan, um ginasta da Irlanda, postou um vídeo no Twitter pulando sobre a cama e dizendo que os rumores são “notícias falsas”.
“Anti-sex” beds at the Olympics pic.twitter.com/2jnFm6mKcB
— Rhys Mcclenaghan (@McClenaghanRhys) July 18, 2021
Em nota, a Airweave disse que “As camas de papelão são mais fortes do que as feitas de madeira ou aço”. Cobertas por colchões modulares, que podem ser ajustados para se adequarem aos diferentes corpos dos atletas, as camas podem suportar até 200 quilos. Serão utilizadas 18 mil camas na Olimpíada e 8 mil na Paraolimpíada.
Contudo, ainda é recomendado que os atletas mantenham o distanciamento social durante as competições, incluindo abraços e apertos de mão. Para que não haja festas na vila Olímpica, está proibida a venda de bebidas alcoólicas.
A fim de evitar o sexo seguro, desde os Jogos de Seul, em 1988, são fornecidos preservativos aos atletas. Para não incentivar o contato, nesta edição, serão distribuídos um terço dos 450 mil preservativos disponibilizados na Olimpíada do Rio, há cinco anos.
Na semana passada, foram confirmados casos de pessoas infectadas no hotel da delegação brasileira, e três casos na vila dos atletas.
Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.