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São Paulo ganha restaurante inspirado nos super carros da Porsche

O 911 fica em cima de uma oficina independente especializada nas máquinas da marca alemã

Entrada do restaurante 911, a mesma de uma oficina especializada em Porsches: grandes chances de ser recepcionado por um carrão (Lucas Ismael/Divulgação)

Entrada do restaurante 911, a mesma de uma oficina especializada em Porsches: grandes chances de ser recepcionado por um carrão (Lucas Ismael/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 30 de novembro de 2018 às 11h35.

São Paulo - Qualquer fã de carros da Porsche adoraria ver, em um restaurante que tem a marca alemã como temática, uma exibição de modelos em tamanho real. Acredite, isso será possível a partir desta sexta-feira (30) no restaurante 911, localizado nos Jardins, em São Paulo.

E não será apenas um: no momento da visita, você poderá se deparar com até oito modelos. A sacada dos sócios do estabelecimento para tornar isso possível foi relativamente simples: criar o restaurante em cima de uma oficina independente especializada em Porsches, a Flacht. Ou seja, a cada ida ao 911, o visitante irá se deparar com modelos diferentes, todos de clientes.

Como a Flacht não tem qualquer relação comercial com a Porsche, se não fossem os carrões que recepcionam os visitantes, que têm de necessariamente passar pela oficina para acessar o restaurante, a temática frustraria um pouco. Ela é bem sutil: está na biblioteca do espaço, recheada com livros sobre o clássico esportivo da marca, que completou 54 anos e dá nome ao restaurante; e na TV da sala de estar do espaço, que exibe corridas e vídeos sobre as máquinas.

No cardápio, a referência (e brincadeira) mais elaborada é a carta de vinhos mais potentes, nomeada "GT". Nela, cada rótulo tem uma potência classificada por estrelas. Um dos mais potentes (e caros) é o Pauillac Gaudin, um Bordeaux de 2010 (R$ 515 a garrafa). O italiano Morellino di Scansano Castello di Montepo, de 2010 (R$ 470 a garrafa), também é classificado com a potência máxima.

Mas, mesmo de forma indireta, o ambiente todo remete à marca. Tanto a sala de estar como a biblioteca, o bar e o salão principal são compostos por cores sóbrias, que lembram o aço e a temática industrial. Apenas um terraço no fundo dá uma suavizada e ilumina o lugar com materiais naturais, como plantas.

O objetivo de Brandon Crozier, apaixonado e colecionador de modelos da marca (16 no total), Claudiene Brito e Ricardo Landi, ex-piloto e responsável pela equipe técnica, foi criar um espaço para os clientes relaxarem enquanto aguardam um reparo. Mas o cardápio tem preços acessíveis para o padrão da região e pode atrair também um público mais amplo.

Menu

A comida servida no 911 é inspirada na culinária nordestina e de autoria da chef Dani Malavasi, que tem passagens pelo D.O.M e Vito, na Vila Madalena. O que chama atenção são as apresentações dos seus pratos, que são primorosas. A chef já montou uma consultoria de design de comida.

Entre os destaques do cardápio, está a entrada rodeada por vieiras, couve-flor, tomate, farofa de brioche de mandioca e, acredite, uma pequena formiga crocante e com gosto de ervas (R$ 65). Para compartilhar, a porção de beterraba, camarão, farinha de Uarini e emulsão de tucupi é saborosa.

Entre os pratos principais, está o camarão empanado no aviú (crustáceo com sabor intenso), acompanhado por vatapá, leite de coco e tomate verde, um pouco acima do tom para paladares desacostumados com pimenta. O stinco de cordeiro, com arroz negro e espuma de castanha brasileira, é o prato mais caro da casa e sai por 79 reais.

Para finalizar em grande estilo, a torta de chocolate de cupuaçu com maracujá e framboesa (R$ 35) tem uma combinação perfeita de sabores. O restaurante também oferece na carta de sobremesas uma interessante seleção de queijos artesanais de diversas partes do país por 59 reais.

O almoço executivo, composto por uma entrada, prato principal e sobremesa, é oferecido de terça a sexta por 75 reais. Entre as opções de pratos, estão o cowboy steak com farofa de banana da terra e vinagrete, e o frango orgânico marinado com avocado e castanha de caju. A sobremesa é um sorvete feito no próprio restaurante.

A oficina

Um espaço de cerca de 1 mil m², a Flacht tem capacidade para até oito carros em procedimentos diferentes. Oferece serviços de mecânica apenas para os carros da marca alemã, mas outros serviços, como alinhamento, balanceamento e estética, podem ser feitos em outros carros de categoria premium.

Assim que chega, o cliente recebe um passaporte com o número do chassi de seu Porsche, que guardará o histórico de todas as visitas à oficina, de forma manual e eletrônica. Dessa forma, é possível acompanhar tudo o que já foi feito no carro.

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