Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, com o escudo do time argentino de futebol San Lorenzo (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2013 às 12h57.
São Paulo - Como todo bom argentino, Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, também é bastante ligado ao futebol. A coincidência interessante aqui é que seu clube de coração, o San Lorenzo, tenha sido fundado por iniciativa justamente de um padre, o salesiano Lorenzo Massa, que emprestou o nome à agremiação mesmo sem ser, oficialmente, santo nenhum.
Antes mesmo que comecem a contestar a paixão do padre pela pelota, é importante dizer que o líder da Igreja Católica se tornou sócio da equipe, em 12 de março de 2008 (sua filiação é a de número 88.235). Terá, portanto, que saber dividir seu tempo entre as missas e enormes compromissos burocráticos com sua devoção ao clube de Almagro, bairro da capital Buenos Aires.
Apesar de não ser tão reconhecido aqui no Brasil, não se pode dizer que o San Lorenzo não tem peso no país de nossos hermanos.
Na realidade, o time já participou onze vezes da Taça Libertadores – sendo, inclusive, o primeiro representante do país na competição e disputando três finais (1960, 1973 e 1988) -, e já faturou dois títulos continentais (Copa Mercosul de 2001 e Copa Sul-Americana de 2002). Foram 14 títulos argentinos conquistados ao longo da história.
A fidelidade à equipe, não se engane, não se restringe aos padres e ao papa. O El Ciclón – apelido dado por seus torcedores – tem a quinta maior torcida da Argentina e a terceira maior frequência nos estádios, de acordo com dados da AFA, a autoridade de futebol na Argentina.
Sua hinchada é ainda responsável por uma das mais interessantes iniciativas para rever seu antigo estádio, que teve o terreno vendido para uma rede de hipermercados anos atrás. A cancha atual do clube papal leva o nome de Pedro Bidegain (El Nuevo Gasometro) e tem capacidade para 43.494 espectadores, tendo sido inaugurado em 16 de dezembro de 1993.
O mais novo papa já chegou a celebrar uma missa na capela localizada nos arredores do estádio. Nunca tirem a Maria Auxiliadora do nosso clube porque ela é a nossa madrinha, já que o San Lorenzo nasceu no Oratório Santo Antonio, sob a proteção da Virgem, disse Bergoglio na ocasião.
É bom que respeitem o pedido. Já que ele foi feito não só pelo torcedor mais ilustre da equipe, mas também, desde quarta, pelo homem que é uma santidade para os católicos ao redor do mundo.