Salma também revelou que muito tempo fingiu que estava bem, mas ela sofria de estresse pós-traumático (Patrick T. Fallon/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 10h47.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2018 às 10h56.
A atriz Salma Hayek falou sobre a sensação de vergonha e indecisão em revelar tudo o que sentia em relação aos abusos por parte do ex-produtor Harwey Weinstein. "Comecei a chorar quando me pediram [o jornal The New York Times] para falar e acabei não fazendo nada", disse ao programa SuperSoul Conversation, coordenado pela apresentadora Oprah Winfrey na última quarta-feira, 7.
O primeiro convite feito pelo jornal The New York Times foi em outubro, quando uma série de relatos de mulheres começou a ser publicada. Na época, Salma titubeou. "Depois de decidir não falar, me senti envergonhada. Dei suporte para mulheres por 20 anos e depois fui covarde".
Salma também revelou que muito tempo fingiu que estava bem, mas ela sofria de estresse pós-traumático. "Fiquei paranoica. Tentei sair mas não consegui".
Já em dezembro, Salma topou publicar um texto sobre o assunto no jornal, como informado pela reportagem. À apresentadora Oprah, a atriz revelou que o comportamento depende da forma como se vê a situação. "Quando nos unimos, o assunto não é drama. Não é dor. É sobre um movimento poderoso que pode provocar mudanças".
"Eu não sabia que havia tantas mulheres. Sempre achei que eu fosse a única. Quando os fatos vieram à tona, eu tive vergonha por nunca ter dito nada", desabafou a atriz. Sua grande amiga Penélope Cruz, inclusive, lhe deu uma bronca porque Salma nunca falou sobre os abusos que sofria.