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Robin Gibb, lenda da música disco, morre aos 62 anos

O magérrimo e sorridente músico fez parte do grupo Bee Gees, formado com seus dois irmãos

Robin começou sua carreira musical na Austrália onde se mudou com sua família em 1958 (Ian Gavan/Getty Images)

Robin começou sua carreira musical na Austrália onde se mudou com sua família em 1958 (Ian Gavan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 08h41.

Londres - A carreira do cantor e compositor Robin Gibb, que morreu neste domingo aos 62 anos, se estendeu ao longo de seis décadas, mas foi o grupo Bee Gees, que formou junto com dois de seus irmãos, que o transformou em uma verdadeira lenda da música disco.

A voz de Gibb, que passará para a história por ter feito parte de uma das bandas mais famosas dos anos 70 e 80, se apagou aos 62 anos após lutar sem sucesso contra o câncer.

A banda Bee Gees, fundada por Robin em 1958 junto com dois de seus irmãos, Maurice e Barry, conseguiu - graças a músicas como 'Massachusetts', 'I've Gotta Get a Message To You', 'Lonely Days' e 'How Can You Mend a Broken Heart' - se transformar em uma referência inquestionável nas pistas de dança de todo o mundo.

O magérrimo e sorridente músico, que recentemente se centrou na composição de música clássica, tinha três filhos, dois de seu primeiro casamento e um fruto do segundo.

Junto a sua segunda mulher, Dwina, com a qual se casou em 1985, o cantor e compositor vivia entre suas casas de Miami (Estados Unidos), Thame (Inglaterra) e na Ilha de Man, onde nasceu em 1949.

Robin começou sua carreira musical na Austrália onde se mudou com sua família em 1958 e onde os três irmãos apresentaram com grande sucesso um programa semanal de televisão.

Em 1967, quando os Gibb retornaram ao Reino Unido, sua carreira musical decolou com composições de rock psicodélico como 'New York Minning Disaster 1941'.

Foi durante a década dos 70 que os Bee Gees se consagraram como um dos grupos mais influentes daquele momento, trabalhando com o produtor Arif Mardin e graças a sua participação na famosa trilha sonora do filme 'Saturday Night Fever' ('Os Embalos de Sábado à Noite') em 1977, que continha clássicos como 'Stain' Alive'.

A mistura de baladas e música disco que causaram furor nas discotecas de todo o mundo os ajudou a vender 35 milhões de cópias do álbum 'Spirits Having Flown' (1979), embora no começo da década seguinte, os três irmãos começaram a experimentar a rejeição da crítica e o esquecimento do público.

Robin Gibb - que recebeu a famosa Ordem do Império Britânico das mãos da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, em 2001 - aproveitou esse momento para iniciar sua carreira solo com os discos 'How Old Are You?' e 'Juliet', além de escrever e produzir para outros músicos como Barbara Streissand, Jimmy Ruffin e Dolly Parton.


O nome dos Bee Gees, que bateram recordes de mais de 200 milhões de cópias vendidas desde que alcançaram a fama no anos 60, permaneceu em alta com alguns discos e shows, mas em 2003 ficou definitivamente dissolvido com a morte aos 53 anos de Maurice, o irmão gêmeo de Robin por causa de uma obstrução intestinal.

A partir desse momento, o músico tocou uma ou outra vez com seu irmão Barry em eventos beneficientes e se dedicou, como compositor, a lutar para que os artistas recebam direitos autorais de propriedade intelectual por seus trabalhos.

Desde 2007, era presidente da Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (Cisac, na sigla em inglês).

Mais recentemente, o músico, a quem se calcula uma fortuna, compartilhada com seu irmão, de US$ 180 milhões, tinha trabalhado com seu filho RJ em composições clássicas como 'Titanic Requiem', um álbum baseado no naufrágio do famoso transatlântico.

Em 11 de abril, Robin Gibb cancelou sua presença em Londres no lançamento desta obra por causa de uma pneumonia que o levou a ser internado em uma clínica particular de Londres, onde após passar vários dias em coma, surpreendentemente conseguiu se recuperar.

Todos seus atos públicos anteriores a esse susto tinham sido cancelados após uma operação no intestino no dia 25 de março.

Sua última atuação em um palco aconteceu em fevereiro passado em um concerto beneficente para ajudar soldados feridos, no teatro Palladium de Londres.

Os problemas de saúde para o cantor foram constantes desde que em 2010 lhe foi diagnosticado um câncer de cólon e fígado, do qual a princípio se achou que 'milagrosamente' tinha se salvado.

No entanto, a recuperação não pareceu ser completa e em 2011 foi submetido a uma operação por causa de uma obstrução intestinal, o mesmo problema que provocou a morte de seu irmão gêmeo.

Sua delicada saúde provocou finalmente sua morte neste domingo, que sua família anunciou 'com grande tristeza' em comunicado, no qual pede 'respeito a sua privacidade neste momento difícil'.

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