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Rio de Janeiro ganha galeria de arte a céu aberto

As criações podem ser vistas gratuitamente em espaços públicos de grande circulação de pessoas, como a Praça da Cinelândia


	A intenção é precisamente passar a ideia que a cidade pode ser pensada de uma forma diferente
 (Oscar Cabral/Veja)

A intenção é precisamente passar a ideia que a cidade pode ser pensada de uma forma diferente (Oscar Cabral/Veja)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 17h47.

Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro se transformará em uma galeria de arte a céu aberto a partir desta sexta-feira com a instalação de quatro enormes esculturas de reconhecidos artistas internacionais e com a projeção de dois espetáculos audiovisuais.

As obras serão apresentadas oficialmente na sexta-feira, no feriado do Dia da Independência, mas algumas, como a gigante cabeça criada pelo espanhol Jaume Plensa que ''flutua'' praia de Botafogo, já chamam a atenção do público há alguns dias.

As criações podem ser vistas gratuitamente em espaços públicos de grande circulação de pessoas, como a Praça da Cinelândia, o parque de Madureira, as praias de Botafogo, a praia do Diabo (no Arpoador) e os Arcos de Lapa.

A inédita mostra internacional de arte urbana com obras de consagrados artistas internacionalmente é uma iniciativa do projeto ''Outras Ideias para Rio'' (OIR, espécie de Rio às avessas).

A intenção é precisamente passar a ideia que a cidade pode ser pensada de uma forma diferente, disseram à Agência Efe os organizadores da mostra.

O objetivo dos organizadores do IOR é montar uma exposição semelhante a cada dois anos e até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, como uma bienal de arte urbana ao ar livre.

Nesta sua primeira edição, o OIR conta com obras assinadas por diferentes artistas internacionais, caso do inglês Andy Goldsworthy, do produtor musical inglês Brian Eno, do escultor espanhol Jaume Plensa, do escultor americano Robert Morris, do projetista japonês Ryoji Ikeda e do escultor brasileiro Henrique Oliveira.

As esculturas e intervenções poderão ser apreciadas pelos cariocas e os turistas até o dia 2 de novembro, enquanto o espetáculo audiovisual de Ikeda só será projetado até o próximo domingo, no Arpoador, e a projeção digital de Eno, nos Arcos da Lapa, será exibida entre os dias 19 e 21 de outubro.


A exposição ao ar livre começou a despertar curiosidade dos cariocas já na última segunda, quando um guindaste colocou uma cabeça humana em fibra de vidro, assinada pelo catalão Plensa, sobre uma base especial nas águas da praia de Botafogo, na zona sul do Rio.

A obra em questão é a ''Awilda'', uma escultura de 12 metros de altura que representa o rosto de uma menina taitiana e que parece flutuar nas águas frente à praia de Botafogo. Segundo o autor, a obra resume sua adoração por Iemanjá.

O alvoroço foi ainda maior nesta quinta, quando Morris concluiu o gigantesco labirinto triangular de vidro que montou na Cinelândia, uma das principais praças públicas do Rio de Janeiro e localizada frente à sede do Conselho municipal.

Hoje também era possível ver a gigantesca cúpula de argila montada por Goldsworthy na sede da Ação da Cidadania, um centro cultural na zona portuária do Rio de Janeiro. No entanto, o interior da escultura em forma de iglu só poderá ser visitado pelo público a partir desta sexta.

O artista brasileiro Henrique Oliveira, por sua parte, optou por uma gigantesca escultura de madeira que foi instalada no Parque de Madureira. A obra tem a forma de uma via com uma fenda no meio para permitir a passagem do público.

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