Rihanna: abertura do desfile da marca com a cantora (Ben Gabbe for Savage X Fenty Show Presented by Amazon Prime Video)/Getty Images)
AFP
Publicado em 12 de setembro de 2019 às 12h54.
Última atualização em 12 de setembro de 2019 às 12h55.
O desfile repleto de celebridades da marca da cantora Rihanna, Savage x Fenty, a volta de Vera Wang às passarelas e os ternos poderosos dos anos 1980 de Proenza Schouler foram destaque no quarto dia da Semana de Moda de Nova York, nesta terça-feira.
O desfile da marca de lingerie da estrela do pop Rihanna, Savage x Fenty, foi o evento mais aguardado da semana e também o mais exclusivo. Funcionou como um show ao que só se podia ir com convite, e que contou com a participação do grupo de hip-hop Migos e da cantora Halsey.
No desfile houve a participação de muitas celebridades como as irmãs Bella e Gigi Hadid, as modelos Joan Smalls e Cara Delevingne e a cantora Normani.
Rihanna lançou neste ano sua nova linha de luxo, casa Fenty, com a companhia francesa LVMH.
Agora em seu segundo ano, seu popular desfile realizado no Barclays Center do Brooklyn será difundido pela Amazon Prime Video em 20 de setembro, uma novidade para a indústria da moda.
A marca de Rihanna se apresenta como o oposto da Victoria's Secret - obcecada pela magreza -, com corpetes e calcinhas fio-dental de estampa floral, shorts e sutiãs de gola alta para todos os tipos de corpo.
A estilista Vera Wang regressou às passarelas pela primeira vez em três anos, e disse à AFP que era "um momento excelente" porque o calendário da NYFW foi reduzido de sete para cinco dias.
"Em algum momento havia quase 400 desfiles, e acho que isso te faz perder qualquer tipo de perspectiva", indicou.
Para seu retorno, a estilista conhecida por seus vestidos de noiva propôs sua visão da sensualidade, trabalhando a sobreposição.
Houve tules que revelavam o corpo, e suspensórios pendurados de saias e tops, com ares de cinta-liga. A parte de trás de algumas peças deixava as costas à mostra, como se fossem rasgadas.
"Visto grande parte de Hollywood e queria criar minha visão de Hollywood quando não estou vestindo uma estrela em particular", explicou Wang.
Com apenas 24 anos, o britânico Christian Cowan já veste regularmente várias estrelas, de Lady Gaga a Cardi B, passando pelo rapper revelação Lil Nas X.
Seu gosto pelo strass e as lantejoulas causam furor.
Na terça-feira apresentou uma coleção inspirada em família, natural da pequena cidade espanhola de Moaña, na Galícia.
Com mangas bufantes e rendas e tecidos com fru-fru, prestou homenagem a "todas as mulheres fortes" de sua família "que fazem com que seus negócios e lares funcionem impecavelmente".
Inspirado pela chegada de uma nova década, o estilista da Coach, Stuart Vevers, "queria uma coleção que fosse sobre a mudança e também algo que fosse mais minimalista e positivo, otimista, olhando para o futuro da nova década".
Originalmente uma marca de bolsas e acessórios, a Coach continua utilizando muito couro.
Mas embora o couro tenha estado presente nesta coleção, Vevers não o tornou protagonista, jogando assim com o legado da marca mas conferindo-lhe um toque de frescor.
O estilista britânico, que presidiu o lançamento da linha de prêt-à-porter da Coach em 2015, regressou ao básico, oferecendo jaquetas, saias e calças de couro, muitas vezes combinando.
As modelos que andaram pela passarela de Proenza Schouler pareciam ainda mais esculturais com seus ternos sob medida confeccionados arquitetonicamente, usados sobre drapeados femininos.
A coleção de prêt-à-porter desta temporada apresentou jaquetas poderosas, com grandes ombreiras, junto com golas-cachecol elegantes em cores neutras, muito usadas com brincos grandes.
Algumas modelos vestiam calças com pregas, e outras usavam saias longas e estreitas com meia-calça opaca preta ou branca com sandálias de tiras.
Os estilistas Jack McCollough e Lázaro Hernández adicionaram aos trajes mais femininos cintos ajustados ou gabardinas clássicas, modernizadas com botões assimétricos.
Uma série de surpreendentes vestidos robóticos desfilaram na Semana de Moda, incluindo um perfeito para a era pós #MeToo, com apliques de folhas metálicas em um ombro que balançam e tilintam quando alguém se aproxima demais, graças a sensores de movimento ocultos.
Os vestidos foram feitos com um kit criado pela ex-modelo americana-alemã Anina "Net" Trepte, fundadora da empresa 360Fashion Network, que permite que estilistas que não sabem programar utilizem a tecnologia em suas roupas.
A pedido da empresária e com a ajuda desses kits, duas estilistas, Clare Tattersall e Azrael Yang, criaram seis vestidos que desfilaram pela passarela do show do movimento artístico Melange, em uma igreja episcopal do Harlem, o início da Semana de Moda de Nova York.
Tattersall, que é britânica mas reside em Nova York, criou o vestido com as folhas que se agitam, e outro com grandes pétalas futuristas que se abrem mecanicamente. E finalmente, um terceiro com um grande capuz prateado que abre e fecha sozinho quando se aperta um botão.