Prato do Quincho: vegetariano em São Paulo (Quincho/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 15 de outubro de 2019 às 07h00.
Última atualização em 15 de outubro de 2019 às 07h00.
No início da década, inaugurar um restaurante totalmente focado em vegetais equivalia a investir em ativos de alto risco. Hoje, quanto até redes como o Burger King começam a incluir opções veganas no cardápio, os riscos de um negócio do tipo naufragar parecem mínimos.
Tachados de bicho-grilo até há pouco - quando em geral eram sinônimo de receitas um tanto insossas -, os endereços vegetarianos, e até os que vetam qualquer alimento de origem animal, ganharam representantes que satisfazem até quem está decidido a continuar carnívoro. Mais: não ambicionam converter ninguém a mudar de dieta.
A filial paulistana do Teva é a mais recente da lista. Em funcionamento no Rio de Janeiro desde 2016, o restaurante inaugurou sua segunda unidade no bairro de Pinheiros há poucas semanas. Idealizado por Daniel Biron, o empreendimento é 100% focado em vegetais - servidos fritos, empanados ou defumados -, o que obriga a cozinha a trabalhar somente com alimentos frescos, orgânicos, sazonais, não industrializados e produzidos localmente.
Um exemplo? Brócolis americano grelhado com molho e gergelim branco (R$ 28), que divide as preferências com as abobrinhas ao pesto, com farofa de tomate seco e azeitonas (R$ 28), e os aspargos ao molho béarnaise (R$ 32). O macarrão de arroz com tofu, moyashi, legumes, amendoim e molho de tamarindo sai por R$ 46.
Antes de bater o martelo no prato principal, prove o bolinho de baião de dois empanado, com recheio de tofu defumado, maionese e couve frita (R$ 30), ou o tartare de tomates frescos com avocado, tapenade de azeitonas pretas e torradinhas (R$ 32). Para harmonizar, drinques e vinhos veganos (sim, nem todos estão livres de alimentos de origem animal).
Inaugurado no ano passado na Vila Madalena, o Quincho faz as vezes de bar e restaurante. Decorado com samambaias e um jardim vertical, ganhou fama pelo bolovo, com ovo cozido com gema mole envolto em massa de palmito pupunha (R$ 12), e pelos hambúrgueres de cogumelos. O bb leva cheddar, cebola caramelizada e maionese de ervas no pão australiano (R$ 25). No balcão de tijolinhos vazados são preparados drinques como o alvorada, que junta Aperol, rum, folhas de menta, infusão de cítricos, ginger beer artesanal e suco de limão (R$ 28).
Em funcionamento no bairro carioca de Botafogo desde 2015, o Naturalie Bistrô recebe os veganos com pedidas como salpicão de grão de bico com cenoura, tofu defumado, maçã verde, banana passa, milho, creme de castanhas e palha de batata roxa (R$ 31,90). De sobremesa, pavê de beijinho de coco com doce de leite vegano e biscoito de coco.
Elaborado pela chef e sócia Nathalie Passos, que não abriu mão de comer carne, o cardápio do endereço é sazonal, e majoritariamente vegetariano (carnes, nem pensar). Tamanha foi a procura que em setembro do ano passado o Naturalie ganhou uma filial, em Ipanema.
Quincho - Rua Mourato Coelho, 1140, Vila Madalena, São Paulo, (11) 2597-6048.
Teva SP - Rua Cônego Eugênio Leite, 539, Pinheiros, São Paulo, (11) 3062-8257.
Teva RJ - Avenida Henrique Dumont, 110 loja B, Ipanema, Rio de Janeiro (21) 3253-1355.
Naturalie Bistrô - R. Visc. de Caravelas, 11, Botafogo, Rio de Janeiro, (21) 2537-7443, e R. Aníbal de Mendonça, 55 - Loja F, Ipanema, Rio de Janeiro, (21) 2512-1315.