"The Crown": terceira temporada na Netflix e indicações ao Globo de Ouro (Netflix/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 15 de novembro de 2019 às 06h00.
Última atualização em 15 de novembro de 2019 às 07h00.
Quem já não se pegou imaginando como seria segurar a coroa britânica na própria cabeça? Criado por Peter Morgan, o seriado “The Crown”, cuja terceira temporada estreia dia 17 de novembro, permite espiar como seriam os bastidores da família real inglesa - e concluir que suportar o peso daquela coroa não é para qualquer um.
Interpretada nas duas primeiras temporadas pela brilhante Claire Foy, a Rainha Elizabeth II é o retrato da solidão. Seu casamento com Philip, o Duque de Edimburgo, talvez seja uma decepção para a qual muitos plebeus dariam um basta de imediato. Mas cabe à Rainha manter as aparências.
Com um roteiro vigoroso que permite revisitar a história da Inglaterra, a série agora é protagonizada por Olivia Colman, de “A Favorita”.
Onde assistir: Netflix, estreia 17 de novembro.
A mostra do artista capixaba presta tributo a uma conhecida canção de Bob Dylan, “It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding)”. Diz um trecho da letra: "Tudo bem, meu filho?. Tudo bem, mamãe (só estou sangrando)”. Guardadas por anos na memória do artista, as frases aparecem em algumas das obras da exposição, em cartaz na galeria Marilia Razuk.
Foram bordadas, por exemplo, nas etiquetas de alguns trabalhos, o que evoca a obra de Arthur Bispo do Rosário. “A ideia central é falar sobre a linguagem como principal vergalhão de nossa existência, nossa sustentação, trazendo a referência a um ambiente trágico, doentio, em sua poesia”, explica o texto de apresentação da mostra.
A obra principal é composta por cinco peças independentes de 150x150 centímetros - o conjunto, marcado pelo cobre e pela oxidação, pode ser visto como um grande curativo.
Onde: Galeria Marilia Razuk, Rua Jerônimo da Veiga, 131, Itaim Bibi, São Paulo (11) 3079-0853. Até 30 de janeiro.
Um dos principais nomes da arte conceitual do Brasil, a gaúcha Regina Silveira ganha, pela primeira vez, um panorama de seus trabalhos feitos com cerâmica, material que usou por décadas, em paralelo às instalações.
Ao todo, a galeria Luciana Brito exibe trinta produções, desenvolvidas entre a década de 1990 e o ano passado. Na obra “Crash”, por exemplo, de 2014, a artista reuniu xícaras, bules e outras peças brancas que parecem ter sido trespassadas por tiros.
Onde: Luciana Brito Galeria, Avenida Nove de Julho, 5162, Bela Vista, São Paulo. Até 21 de dezembro.
É a terceira vez que a galeria Nara Roesler exibe uma individual de um seus artistas mais conhecidos, o paulistano Vik Muniz. Todos os trabalhos disponibilizados por ele foram confeccionados neste ano.
Neles, Muniz volta a pôr em debate os limites entre a pintura e a fotografia. E a colocar os materiais utilizados a serviço de um significado - ou a propor novos sentidos para cada imagem.
Onde: galeria Nara Roesler, Avenida Europa, 655, Jardim Europa, São Paulo, (11) 2039-5454. Até 14 de dezembro.