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Procura por imóveis para o réveillon no Rio de Janeiro cai 15%

Os preços também caíram, chegando a uma redução de até 20% em média

Rio de Janeiro: as quedas eram esperadas por causa da pandemia do novo coronavírus e das mudanças na comemoração tradicional da cidade (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rio de Janeiro: as quedas eram esperadas por causa da pandemia do novo coronavírus e das mudanças na comemoração tradicional da cidade (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 12h43.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 12h55.

A procura por imóveis de temporada para o período do réveillon na cidade do Rio de Janeiro registrada até o momento está 15% menor do que no ano passado, de acordo com levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ). Os preços também caíram, chegando a uma redução de até 20% nos valores médios de diárias.  

As quedas eram esperadas por causa da pandemia do novo coronavírus e das mudanças na comemoração tradicional da cidade que, neste ano, será transmitida pela internet e pela TV.

Segundo o Creci-RJ, atualmente cerca de 50% dos imóveis estão reservados para o Ano-Novo. Normalmente, a pouco mais de um mês para a virada, a taxa é de 80%. Os números, apesar de mais baixos, superaram as expectativas, de acordo com conselho. Caso não haja um avanço da covid-19, a estimativa é que haja um aumento das reservas até a virada do ano.

“Apesar da fase que atravessamos, vamos ter um réveillon muito bacana e positivo”, diz o diretor do Creci-RJ, Laudimiro Cavalcanti. Segundo ele, a alta do dólar e as novas ondas de contágio pelo novo coronavírus no exterior podem fazer com que os brasileiros prefiram um destino nacional, como o Rio, que é conhecido pelos eventos da virada. Mesmo sem a festa tradicional, os atrativos naturais e os pontos turísticos são fatores que podem atrair turistas.

Além da capital, de acordo com o Creci-RJ, muitas pessoas têm procurado casas em outras regiões do estado. Cidades como Angra dos Reis, Búzios e Petrópolis estão com a ocupação beirando os 100% para o réveillon. Em Cabo Frio, a procura está, em média, 10% maior que nos anos anteriores.

Cavalcanti diz que os proprietários estão tomando cuidados de higienização para que os imóveis sejam os mais seguros possíveis. “Os proprietários, sabendo da situação que atravessamos, antes do viajante chegar, fazem uma higienização total, com vistoria geral. Com isso, dão segurança para aqueles que vão entrar no apartamento.”

Hotéis

Entre os hotéis, de acordo com pesquisa prévia do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Rio de Janeiro (Hotéis Rio), a ocupação na capital para o próximo réveillon chegou a 45% neste mês. De acordo com o governo do estado do Rio de Janeiro, a rede hoteleira assumiu o compromisso de seguir os protocolos de segurança e saúde contra a disseminação do novo coronavírus.

Festa de réveillon

Neste ano, não haverá a tradicional queima de fogos nem os shows na Praia de Copacabana. De acordo com a prefeitura da cidade, haverá seis palcos espalhados em pontos turísticos emblemáticos do Rio. Os locais onde serão realizados os shows de luzes e de artistas ainda são assunto em negociação. O que está definido, segundo a prefeitura, é que serão em pontos isolados, como o Forte de Copacabana e o Morro da Urca.

Não será permitida a presença de público. Os shows serão transmitidos pela televisão, por canal ainda a ser divulgado, e pelas plataformas digitais, por meio do canal oficial da Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur) no YouTube. A festa contará ainda com luzes e efeitos visuais inéditos, e a contagem regressiva será visível em diversos lugares da cidade.

“Este novo modelo vai criar uma atmosfera de respeito, com homenagens às vítimas da covid-19 e também aos profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia”, informou em nota a prefeitura.

Novo coronavírus

De acordo com os dados mais recentes, divulgados ontem, 23, pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, a capital concentra o maior número de casos e de mortes por covid-19 no estado, com 131.433 do total de 338.668 infecções confirmadas e 12.979 de 22.028 óbitos.

Após um período de queda, a média móvel de mortes no estado do Rio de Janeiro por covid-19 nos últimos sete dias vem aumentando. Passou de 100 óbitos por dia no último dia 18, pela primeira vez desde 21 de setembro, segundo painel de monitoramento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na sexta-feira, 20, chegou a 110,86.

Diante da alta recente também na taxa de ocupação de leitos para pacientes com covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro anunciou a abertura de mais leitos clínicos e de terapia intensiva.

De acordo com os dados divulgados no sábado, 21, pela Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, a capital concentra o maior número de casos e de mortes por covid-19, no estado, com 130.949 do total de 337.277 casos confirmados e 12.935 de 21.971 óbitos.

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