Brasileirão: retorno de jogadores consagrados e ‘nomes de peso’ aumenta competitividade (Sandoval Ferreira Junior/Medialys Images/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de setembro de 2021 às 10h38.
Última atualização em 8 de setembro de 2021 às 11h03.
A prefeitura do Rio de Janeiro liberou a presença de milhares de torcedores no estádio em partidas do Flamengo a partir da semana que vem, em meio à pandemia de covid-19 e apesar da disseminação da variante delta do coronavírus, mais contagiosa, na cidade.
O clube, que há tempos pressionava pela volta do público aos estádios e já havia feito várias tentativas de obter permissão das autoridades neste sentido, poderá jogar com torcedores nas partidas contra o Grêmio – pela Copa do Brasil e pelo Campeonato Brasileiro – e diante do Barcelona de Guayaquil, pela Copa Libertadores.
Essas partidas estão sendo consideradas eventos-teste pela gestão municipal do prefeito Eduardo Paes (PSD). No próximo dia 15, diante do Grêmio pela partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil, 25.000 pessoas poderão comparecer ao Maracanã, equivalente a 35% da capacidade do estádio.
No dia 19, novamente diante do Grêmio, mas pelo Campeonato Brasileiro, a limitação será de 40% da capacidade e, no dia 22, diante da equipe equatoriana, 50%.
A partir da semana que vem, entra em vigor no Rio o passaporte sanitário e a comprovação de vacinação contra a covid será uma das exigências para acompanhar in loco os jogos do Flamengo. A prefeitura vai exigir ainda apresentação de exame de detecção de covid PCR negativo feito 48 horas antes do jogo, distanciamento dentro do estádio e vai impor regras rígidas para compra de ingressos.
A prefeitura já tinha liberado a presença de convidados no Maracanã neste ano na final da Copa Libertadores da temporada passada e na decisão da Copa América. Nos dois casos houve aglomeração dentro do estádio e desrespeito aos protocolos sanitários, o que levou a prefeitura a multar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Conmebol, entidade que comanda o futebol sul-americano.
"Precisamos testar para ver como vai ser", disse à Reuters o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. "A delta está em declínio e o público será testado", acrescentou.
O Rio de Janeiro é o epicentro da delta no Brasil e mais de 90% dos casos recentes da doença na cidade foram da variante detectada originalmente na Índia.