Auris Residenze: projeto, que marca a estreia do escritório de arquitetura italiano Archea Associati em um residencial no Brasil. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 12 de novembro de 2024 às 17h00.
A cidade de São Paulo registrou em setembro deste ano a pior qualidade do ar do mundo durante vários dias consecutivos, segundo o site de monitoramento IQAir. Essa realidade não é exclusiva da capital paulista e preocupa diversas cidades brasileiras, influenciando também os projetos de novos edifícios. Em Balneário Camboriú, Santa Catarina, um novo empreendimento surge com a proposta de enfrentar essa questão.
Chamado de edifício árvore, o Auris Residenze, do Fischer Group, foi desenvolvido para levar aos moradores água filtrada de alta qualidade e ar mais puro. O projeto, que marca a estreia do escritório de arquitetura italiano Archea Associati em um residencial no Brasil, utiliza tecnologia avançada para criar um ambiente mais saudável. O empreendimento ainda está na fase de pré-lançamento e a previsão de entrega é março de 2029.
Segundo Claudio Fischer, CEO do Fischer Group, os recursos tecnológicos empregados no projeto devem reduzir o uso de ar-condicionado em até 42% e o consumo de energia em 26%. Equipamentos de “well living” gerarão água filtrada de qualidade, detectarão níveis de CO₂ e renovarão o ar nos ambientes. Sistemas de reaproveitamento de águas cinzas e pluviais também foram projetados para reduzir o consumo de água em até 52%.
Sensores de CO₂ monitorarão a qualidade do ar, enquanto sistemas de ventilação, incluindo nas garagens, renovarão o ar com base nos níveis detectados. A tecnologia aplicada promete um ar mais puro que o ambiente externo em todos os apartamentos. A fachada, em concreto aparente pigmentado e brises, foi projetada para reduzir a incidência solar e melhorar o conforto térmico dos ambientes em até 16%.
“Aqui, o luxo não está ligado à ostentação, mas sim à criação de um ambiente onde o bem-estar e a integração com a natureza são fundamentais. O empreendimento oferece uma experiência única ao combinar arquitetura inovadora e tecnologia de ponta para construir espaços naturalmente confortáveis”, afirma Claudio Fischer.
Com 26 unidades exclusivas, o prédio terá mais de 130 metros de altura e área construída de 11,5 mil metros quadrados. Cada apartamento tem um preço médio de R$ 4,5 milhões. Um dos pilares do empreendimento é a arquitetura autoral, que inclui jardineiras entre o concreto e os apartamentos, criando jardins suspensos com irrigação automática.
Para o arquiteto italiano Marco Cassamonti, responsável pelo projeto, os prédios verdes são uma tendência global. “Acreditamos que a sustentabilidade é resultado de um bom planejamento arquitetônico. Elementos como eficiência energética, reaproveitamento de materiais e redução de resíduos são centrais neste projeto”, comenta Cassamonti. O uso de matéria-prima local é outro exemplo de prática sustentável, reduzindo a pegada de carbono nas operações logísticas e refletindo um conceito de construção verde que valoriza o meio ambiente.