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Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 17h11.
São Paulo - No início de 2012, a conta pesou para o Barça. Com um déficit de 370 milhões de euros e um elenco que custa 130 milhões de reais por ano, o clube se viu obrigado a aumentar a receita. Quem salvou a pátria foram os petrodólares que movem cerca de 70% da economia do Qatar e bancam a Qatar Foundation. O novo patrocinador pagou 170 milhões de euros pela visibilidade na camisa até 2016. Mas, afinal, de que trata a Qatar Foundation?
A organização, sem fins lucrativos, foi fundada pelo monarca do país, Emir Sheikh Hamad Bin Khalifa Al Thani, em 1995. Sua autoproclamada missão? Melhorar o sistema educacional e expandir a pesquisa no Qatar. O campus da instituição ocupa 15 milhões de metros quadrados e abriga um colégio que vai do primário ao segundo grau, uma escola bilíngue, outra interna em parceria com as forças armadas, um centro de apoio a estudantes com dificuldades de aprendizado, um curso de preparação para a universidade e uma faculdade de estudos islâmicos.
“O Qatar tenta ser uma nova Abu Dhabi e não depender apenas do dinheiro do petróleo. É parte da estratégia de diversificação investir em turismo. Por isso o projeto de receber a Copa em 2022 e também uma edição dos Jogos Olímpicos. Hoje o Barcelona talvez seja o clube de maior relevância, uma plataforma importante para a promoção do Qatar”, diz Erich Beting, sócio-diretor da Máquina do Esporte. A Copa no país teve como um dos principais articuladores Bin Hamman, que tentou uma cadeira na Fifa, apoiado por Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona.
Se uma coisa tem a ver com a outra? Não… Segundo a Qatar Foundation, tanto o Barça quanto a fundação estão comprometidos com o desenvolvimento do potencial humano em vários projetos e programas, dividindo os mesmos valores. Por isso a ideia de trabalhar juntos. Entendeu?