Rayssa Leal: atleta de 13 anos se tornou o rosto do skate no Brasil. (Julio Detefon (CBSk)/Reprodução)
Rayssa Leal é a mais nova medalhista olímpica brasileira. E a vice-campeã olímpica pelo Brasil ainda conseguiu dois feitos incríveis com o prêmio: trazer mais uma medalha ao Brasil na modalidade estreante do Skate Street — Kelvin Hoefler conseguiu a primeira medalha brasileira na mesma modalidade horas antes no domingo. E, aos 13 anos e 203 dias, a "Fadinha" é a brasileira mais jovem da história a subir em um pódio olímpico.
Além de Rayssa, Leticia Bufoni (9ª) e Pâmela Rosa (10ª) também representaram o Brasil no skate no último domingo e ficaram muito perto das 8 finalistas. Além da conquista nos Jogos, Rayssa ainda acumula mais de 3 milhões de seguidores no Instagram. Ainda no pódio, Rayssa foi informada que havia ultrapassado os 2 milhões de seguidores e se surpreendeu.
"O que é isso, minha gente?", disse ele, assustada, com a medalha de prata no peito. Poucas horas depois, Rayssa acumula 3,5 milhões de seguidores na rede.
Mas, por que "Fadinha"? O apelido de Rayssa Leal impressiona tanto quanto sua da pouca idade, mas tem uma história concreta - e viral - por trás desse nome. Em 2015, ainda aos 7 anos, Rayssa conseguiu viralizar um vídeo seu andando de skate. Além, novamente, da pouca idade, o vídeo explodiu na internet porque Rayssa estava literalmente fantasiada de fada enquanto mandava alguns heelflips (tradicional manobra de skate).
O fato rapidamente colocou holofotes sob Rayssa. A menina de então apenas 7 anos ganhou uma fama repentina e chegou a conhecer sua ídolo brasileira no esporte, Letícia Bufoni— hoje companheira de Rayssa no time olímpico brasileiro. Graças a uma grande exposição na mídia brasileira, Rayssa chegou a protagonizar matérias de TV nos mais importantes programas esportivos do país.
Mas, para além de viralizar no Brasil, o vídeo de Rayssa, a nova "fadinha", foi compartilhado por ninguém menos que Tony Hawk, uma das maiores lendas da história do skate. Na época, ainda desconhecida, Rayssa chamou a atenção do veterano, que apenas escreveu "eu não sei nada sobre isso, mas sei que é incrível".
I don't know anything about this but it's awesome: a fairytale heelflip in Brazil by #RayssaLeal (via @oliverbarton) pic.twitter.com/uZgshHYMMT
— Tony Hawk (@tonyhawk) September 8, 2015
O sucesso viral com vídeo impulsionou Rayssa para o mundo dos esportes de vez. Logo aos 10 anos a garota já possuía patrocinadores e ajudava sua família com a renda que vinha do esporte. E, ainda aos 11 anos, a "fadinha" conquistaria sua primeira medalha em torneio internacional.
Dois anos depois, então, a "Fadinha" chegava à Olimpíada com a missão de representar o Brasil (mesmo tão nova) em um esporte estreante nos Jogos. E a menina não deixou barato. Mesmo ao lado das veteranas na modalidade Pâmela e Letícia, Rayssa foi a única medalhista brasileira.
Para aproveitar o embalo da atleta, a Nike apresenta o filme "Novas Fadas", peça publicitária que traz Rayssa como protagonista e deve servir como inspiração para outras meninas no esporte.
“A jornada da Rayssa é uma inspiração para todas as meninas ao redor do mundo. Mostra que é possível ser criança e acreditar em contos de fadas, mas ao mesmo tempo ter coragem e adentrar em um espaço que antes não era considerado para meninas.”, diz Gustavo Viana, diretor de Marketing da FISIA, distribuidora oficial Nike no Brasil.