Messi brilha contra os mais conhecidos e bem pagos jogadores do mundo nas duras decisões (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 10h30.
São Paulo - Messi é melhor que Neymar. Primeiro, ele joga contra os melhores e até hoje não sabem como pará-lo. Segundo, ele apanha e não cai. Terceiro, Messi é de uma objetividade irritante enquanto que seu rival brasileiro adora um firula na beira do campo.
Enfim, comparar Messi com Neymar, nessa fase da carreira de ambos, é tão surreal e temerário quanto confrontar o Don Corleone de Marlon Brando com Vincent Mancini – o último Don Corleone da trilogia – de Andy Garcia. Um é um monstro, o outro é ainda um promissor talento.
Messi brilha contra os mais conhecidos e bem pagos jogadores do mundo nas duras decisões. A defesa do Arsenal não soube como pará-lo, os madridistas Sergio Ramos, Xabi Alonso, Pepe e Ricardo Carvalho estão cansados de serem tratados como joões – como Garrincha chamava as sua vítimas -, além dos inúmeros desconhecidos marcadores do Campeonato Espanhol e da UEFA Champions League que sofrem sempre que ele pega na bola.
Quando recebe a redonda, o argentino de 1,69m tem uma espécie de 6º sentido. Ele antevê a jogada. Enquanto o adversário não tem a menor ideia do que ele fará, o melhor do mundo mapeia o campo, calcula os espaços e já sabe qual é a rota mais curta até o fundo da rede.
Messi é menor que Neymar, no entanto a joia santista acredita menos em suas jogadas e passa tempo demais deitado no gramado reclamando da virilidade dos marcadores. O argentino não é de bater boca com árbitros, adversários e muitos menos técnicos, o negócio dele driblar, passar e comemorar, gols ou títulos. Ainda bem que apenas no Barcelona.