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Por que as fast fashions europeias estão de olho no interior dos Estados Unidos

As inaugurações recentes de lojas da Zara ocorreram em San Antonio, Texas, e Baton Rouge, Louisiana

A Inditex estuda lançar a sua Zara Home nos EUA e relançar a cadeia Massimo Dutti lá. (Zara Home/Divulgação)

A Inditex estuda lançar a sua Zara Home nos EUA e relançar a cadeia Massimo Dutti lá. (Zara Home/Divulgação)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 17h16.

As varejistas de moda europeias Zara, Primark e Mango empreendem novas incursões para o interior dos EUA por meio da abertura de novas lojas, tendo em vista regiões com crescimento populacional mais rápido do que no litoral.

Estados americanos como Utah, Colorado e Tennessee se tornaram um grupo demográfico “muito relevante” para a Zara, segundo o Inditex, dono da varejista. A rival Mango também abriu lojas no Texas e na Geórgia durante o verão nos EUA. E duas das oito novas lojas da varejista britânica de vestuário, Primark, nos EUA este ano serão no Texas.

Os dias em que os varejistas europeus concentravam principalmente a sua expansão na costa leste americana e na Califórnia parecem ter acabado. Mais dessas empresas agora avançam para a parte central do país.

As mudanças estratégicas refletem uma realidade demográfica, com o crescimento populacional no sul e no oeste gerando mais procura. Texas, Utah, Colorado e Geórgia, por exemplo, estavam entre os estados com crescimento mais rápido, de acordo com o censo americano de 2020.

As inaugurações recentes de lojas da Zara ocorreram em San Antonio, Texas, e Baton Rouge, Louisiana, e seguem outras em Nashville, Denver e Murray, Utah, nos últimos anos. A população da área de Nashville aumentou 24% em 10 anos, enquanto a de Denver aumentou 13%.

Planos de expansão

No geral, a Zara planeja abrir, reformar ou ampliar pelo menos 30 lojas nos EUA até 2025.

“Os projetos adicionais interessantes surgirão nas próximas semanas”, disse o CEO Óscar Garcia Maceiras na quarta-feira, durante uma apresentação de resultados.

Os EUA se revelaram com frequência um mercado complicado para muitos varejistas europeus. Em 2019, a Inditex fechou as lojas Massimo Dutti que haviam sido abertas ali. A Asos, uma varejista on-line do Reino Unido que opera nos EUA há mais de uma década, reduziu recentemente suas ambições para o mercado. Mês passado, a Dr. Martens reduziu as suas perspectivas para este ano fiscal e para o próximo, prejudicada por uma desaceleração nos gastos dos consumidores americanos.

A Inditex estuda lançar a sua Zara Home nos EUA e relançar a cadeia Massimo Dutti lá. Atualmente essas duas marcas estão disponíveis apenas no site da Zara.

Os gastos dos consumidores dos EUA estão resilientes para os produtos certos, de acordo com a Inditex, que cita a forte demanda por uma recente coleção de cápsulas com o fotógrafo Steven Meisel, que fica baseado em Nova York. A rival Mango disse que está vendo uma demanda crescente por roupas femininas para ocasiões especiais, juntamente com estilos mais casuais, que são há muito tempo preferidos pelos consumidores dos EUA.

“Isso abre uma porta para nós no mercado americano”, disse Daniel Lopes, diretor de expansão e franquias da Mango.

A presença de décadas da Mango na América Latina a ajuda a atender a população latina nos EUA, segundo o executivo. A varejista possui três lojas em Miami e várias em Nova York e Nova Jersey, e este ano abriu mais no Texas, Geórgia e Califórnia.

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