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FIFA terá um novo Mundial de Clubes; entenda o motivo da mudança

A entidade máxima do futebol promete um novo Mundial de Clubes com 24 clubes, incluindo oito europeus e seis sul-americanos, disputado a cada 4 anos

FIFA: O plano da entidade máxima do futebol era iniciar a competição em 2021, porém a pandemia do novo coronavírus impediu os planos (Mohammed Dabbous/Reuters/Agência Brasil)

FIFA: O plano da entidade máxima do futebol era iniciar a competição em 2021, porém a pandemia do novo coronavírus impediu os planos (Mohammed Dabbous/Reuters/Agência Brasil)

AM

André Martins

Publicado em 13 de fevereiro de 2021 às 09h35.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2021 às 15h39.

O Bayern de Munique-ALE foi o último campeão do Mundial de Clubes da FIFA nos moldes que conhecemos hoje. Pelo menos é o que garante a entidade máxima do futebol, que já havia anunciado em março de 2019 um novo formato do mundial com mais clubes e reafirmou a decisão esta semana.

"Estamos focando a competição do Mundial de Clubes, por exemplo, para ter não apenas um clube presente de cada confederação, mas mais participantes, porque precisamos estimular o futebol de clubes no mundo inteiro", disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino, no Catar, onde foi realizada a competição.

No formato atual, a competição conta com os clubes campeões de todas às seis confederações continentais: CONMEBOL (América do Sul), CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe), UEFA (Europa), CAF (África), AFC (Ásia) e OFC (Oceania), além do representante do país-sede.

Apesar de o vencedor ter o status de melhor time do mundo, a competição não atrai tantas atenções dos clubes europeus, que valorizam mais a Liga dos Campeões da Europa pela competitividade e alto faturamento. Além do Mundial ser considerado um fracasso de crítica, público e qualidade técnica.

Para ilustrar o domínio europeu é só olhar para as últimas edições. Nos últimos 14 anos, os clubes do velho continente venceram 13 vezes, o Corinthians foi o último sul-americano a vencer a competição.

Por esse motivo a entidade decidiu criar um novo Mundial de Clubes, que vai contar com a participação de 24 clubes, incluindo oito europeus e seis sul-americanos, e será disputado a cada 4 anos. O plano da entidade máxima do futebol era iniciar a competição em 2021, porém a pandemia do novo coronavírus impediu a realização.

A ideia da FIFA é atrair a atenção dos clubes para a nova competição com uma boa recompensa em dinheiro e uma disputa de alto nível. E a entidade com um campeonato mais competitivo poderia alcançar um lucro maior, pois receberia mais sobre os direitos televisivos e conseguiria maiores patrocínios. 

Os planos para o início da competição esbarram no calendário cheio do futebol devido à pandemia. A FIFA pensa em estrear o novo formato em junho de 2022, mesmo ano da Copa do Mundo do Catar que será disputada em dezembro. Apesar disso, o presidente da Fifa já admitiu publicamente que o novo Mundial de Clubes talvez fique para 2023.

"O verdadeiro desafio para o futuro será o calendário dos jogos internacionais, o equilíbrio a ser encontrado entre o futebol de seleções e o futebol de clubes, que sofre ainda mais agora, nesta época de covid", avaliou Infantino.

Brasileiros vão participar?

Seja em 2022 ou 2023, o futebol brasileiro poderá ser representado em dose dupla na nova competição. Mesmo sem os critérios de classificação definidos pela Conmebol, Flamengo e Palmeiras foram os dois últimos campeões da Libertadores da América e estariam próximos de disputar a competição.

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