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População ainda teme voltar a frequentar restaurantes e cafés na Europa

Após o pico da pandemia de coronavírus no continente, países europeus reabriram o comércio local nesta segunda-feira

Europa: Seguindo as recomendações sanitárias, restaurantes e bares europeus reabrem depois de dois meses de quarentena (PlotSpoiler/Wikimedia Commons)

Europa: Seguindo as recomendações sanitárias, restaurantes e bares europeus reabrem depois de dois meses de quarentena (PlotSpoiler/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2020 às 14h52.

Última atualização em 18 de maio de 2020 às 14h54.

"Venham, não precisam ter muito medo", resume um cozinheiro de Copenhague. Na Dinamarca, como na Itália e em outras partes da Europa e Ásia Central, os restaurantes abriram nesta segunda-feira (18) após dois meses de fechamento.

Em Copenhague, Eric Poezevara esperava impacientemente clientes do lado de fora, onde pode colocar algumas mesas, e de dentro.

"A atmosfera vai ser um pouco estranha. Vamos ao restaurante nos divertir, mas agora, com certeza, as pessoas vão ficar um pouco tensas, vão olhar para a mesa do lado e dizer 'ele tem, ele não tem'" coronavírus, reconhece o dono do restaurante antes da hora do rush.

Seu restaurante poderá acomodar metade do número de clientes, a fim de cumprir as recomendações sanitárias, que indicam uma distância de um metro entre as mesas, o fornecimento de soluções à base de álcool e maior atenção à higiene.

Na Itália, os transeuntes parecem relutantes. No centro histórico de Roma, na Piazza Navona, todos os cafés permaneceram fechados, exceto um, com uma plana "Good Morning, Welcome for Breakfast", dirigida aos visitantes estrangeiros. As mesmas foram arrumadas, mas não há clientes à vista.

A poucos passos de distância, no San Eustachio Il Caffe, um dos cafés favoritos dos turistas, o proprietário Raimondo Ricci lamenta a falta de clientes.
"Não há ninguém aqui. Seja aberto ou fechado, é a mesma coisa", diz.

Impaciência

Sentada no terraço de um café popular em Nørrebro, na capital dinamarquesa, Cecilia, de quarenta e poucos anos, que ensina ioga, desfruta o início de um retorno à normalidade.

"Eu estava ansiosa para ver as pessoas na rua, relaxadas (...), ver as pessoas saindo. Estava impaciente por ver isso", resume ela.

Na Albânia, além de solução desinfetante para as mãos, os funcionários dos bares e restaurantes devem usar luvas e máscaras e as mesas, que devem estar espaçadas a três metros de distância, não podem acomodar mais de duas pessoas.

"Hoje, com a abertura dos bares, a vida em Tirana ganha novos ares depois que seus habitantes ficaram trancados por várias semanas", disse à AFP Sokol Hoti, 30 anos, no terraço do Santa Bar, no centro da capital albanesa.

Na Espanha, com exceção de Madri e Barcelona, e em Portugal, também estão sendo reabertos cafés e terraços, em consonância com o relaxamento das restrições em vigor.

Na capital do Cazaquistão, Nour-Sultan, os garçons usam luvas e máscaras e os clientes devem ter sua temperatura verificada na entrada dos restaurantes.

Nesse país, os restaurantes abriram em todos os lugares, exceto na maior cidade, Almaty, que lidera o número de casos de coronavírus.

No Azerbaijão, restaurantes e cafés também reabriram, mas permaneceram praticamente desertos, segundo um jornalista da AFP.

Quatro horas após a abertura, Natik Aliyev, gerente de um café no centro da capital Baku, lamenta ter apenas dois clientes. "As pessoas continuam com medo e evitam o espaço público", explica.

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