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Geraldo Carneiro é eleito para a Academia Brasileira de Letras

Ele foi eleito na tarde de hoje, por 33 votos, para a cadeira número 24 da ABL

Geraldo Carneiro: nascido em Belo Horizonte, Geraldo é poeta, letrista e roteirista de televisão, teatro e cinema (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Geraldo Carneiro: nascido em Belo Horizonte, Geraldo é poeta, letrista e roteirista de televisão, teatro e cinema (Fernando Frazão/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 21h02.

O poeta e compositor Geraldo Carneiro é o mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele foi eleito na tarde de hoje (27), por 33 votos, para a cadeira número 24 da ABL, vaga desde 14 de julho com a morte do crítico teatral e ensaísta Sábato Magaldi. No total, votaram 34 acadêmicos, sendo 21 presencialmente e 13 por cartas.

Mineiro de Belo Horizonte, nascido em 11 de junho de 1952, Geraldo Eduardo Ribeiro Carneiro é poeta, letrista e roteirista de televisão, teatro e cinema.

Ele começou a manifestar interesse pela arte ainda jovem, influenciado pelos muitos escritores e músicos que frequentavam a casa dos seus pais - entre eles, o poeta Paulo Mendes Campos e os compositores Jacob do Bandolim e Tom Jobim.

Em 1968, Geraldo Carneiro iniciou uma parceria com o músico Egberto Gismonti que durou 12 anos e rendeu mais de 60 músicas. Também produziu o primeiro disco de Gismonti, Água e Vinho, lançado em 1972. Ao longo da carreira, foi parceiro de vários outros músicos, como Tom Jobim, Wagner Tiso e Francis Hime e o argentino Astor Piazolla.

Na TV, Carneiro estreou em 1976, como colaborador do escritor Bráulio Pedroso na minissérie Parabéns pra você, exibida pela TV Globo. Depois de um período na TV Manchete, voltou à Globo em 1989, onde escreveu roteiros de especiais, seriados e novelas. Entre outros trabalhos para a emissora, ele dividiu com Walther Negrão a autoria da minissérie O sorriso do lagarto, adaptada do livro de João Ubaldo Ribeiro e dirigida por Roberto Talma, em 1991.

No ano seguinte, escreveu o roteiro de Elas por ela, musical estrelado por Marília Pêra, com direção musical de Gonzaguinha. Foi também responsável pela adaptação de várias obras literárias para as faixas de programação Terça Nobre e Brasil Especial.

No teatro, estreou em 1979, com o musical Lola Moreno, escrito em parceria com Bráulio Pedroso. Entre outras peças, escreveu Folias do coração, Apenas bons amigos (ambas com Miguel Falabella), A bandeira dos cinco mil réis e Manu Çaruê. Também assinou as traduções de mais de uma dezena de peças, incluindo duas obras de William Shakespeare: A tempestade (The tempest) e Uma peça como você gosta (As you like it).

No cinema, assinou os roteiros dos filmes Eternamente Pagu (1987), de Norma Bengell, e O judeu (1996), escrito com Millôr Fernandes, Gilvan Pereira e o diretor do filme, Jom Tob Azulay.

Carneiro é autor dos livros de poesia Em busca do Sete-Estrelo, Verão vagabundo, Piquenique em Xanadu, Pandemônio, Folias metafísicas, Por mares nunca dantes, Lira dos cinquent'anos e Balada do impostor. Com Carlito Azevedo, lançou Sonhos da insônia, com a tradução de sonetos de Shakespeare, e publicou, em prosa, os livros Vinícius de Moraes: a fala da paixão e Leblon: a crônica dos anos loucos.

Em novembro, haverá eleições para mais duas cadeiras da Academia Brasileira de Letras. No dia 3, para a de número 40, vaga desde a morte, em 22 de julho, do jurista Evaristo de Morais Filho, e no dia 24 será escolhido o novo ocupante da cadeira 22, que era do cirurgião plástico e escritor Ivo Pitanguy, falecido em 6 de agosto.

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