A exposição aposta em apresentar uma história da arte que se encerra na década de 1930 e que tem como destaque a produção do século 19 (André Banyai)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2011 às 14h32.
São Paulo - Desde dezembro, as salas do segundo andar da Pinacoteca do Estado ficaram fechadas para o público, passando por reformas. Ganharam novo piso, mas, mais do que isso, foram reestruturadas para abrigar a nova exposição do acervo do museu, "Arte no Brasil - Uma História na Pinacoteca de São Paulo", que será inaugurada no sábado para ficar em cartaz por cerca de cinco a seis anos.
Como maneira ainda de reciclar a exibição das obras da coleção do museu, "Arte no Brasil" dispõe de quatro salas para mostras temporárias, que receberão, por períodos de quatro a oito meses, exposições pequenas e em diálogo com a narrativa principal delimitada pela equipe curatorial do museu, e segmentos concebidos pelo setor educativo.
A exposição aposta em apresentar uma história da arte que se encerra na década de 1930 e que tem como destaque a produção do século 19. "Basicamente, a mostra segue uma estrutura cronológica, a partir de dois eixos: a criação de uma visualidade da arte brasileira e a formação de um sistema da arte", diz o diretor da Pinacoteca, Marcelo Araujo. "A ideia era contar essa história de uma maneira clara", afirma o curador-chefe do museu, Ivo Mesquita. Avaliações e pesquisas com historiadores, críticos, funcionários da instituição e com o público foram realizadas para se pensar a configuração da exposição, feita com R$ 2,5 milhões.
Em "Arte no Brasil", o percurso da exposição começa, de um lado, apresentando "a criação de um imaginário sobre o Brasil", afirma Valeria Piccoli, que integra a equipe curatorial da Pinacoteca, com obras que tratam desde a tradição colonial, passando por trabalhos criados pelo chamados artistas viajantes e de pintores e escultores que contribuíram para a formação de um imaginário paulista e para a concepção da ideia do que seria o nacional na arte.
Já do outro lado do percurso, aborda o "sistema da arte" - e trata, ainda, da criação da coleção do museu. O mote principal é a vinda da Família Real ao Brasil em 1808, "o que mudou tudo", diz Ivo Mesquita, ressaltando a importância da criação da Academia de Belas Artes no e os modelos iniciais de aquisição de obras pela Pinacoteca, instituída em 1905. Nesse segmento, a mostra apresenta salas que falam do ensino acadêmico e de gêneros (como paisagem, nu, natureza-morta e retrato). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Arte no Brasil - Pinacoteca do Estado (Praça da Luz, 2, Luz). Telefone (011) 3324-1000. 10 h/18 h (fecha 2ª). R$ 6 (sáb. grátis). Abertura sábado, às 11 h.