Silvânia tem uma enfermidade chamada Doença de Stargardt, por isso, sua visão regride paulatinamente (Carmen Mandato/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 27 de agosto de 2021 às 07h54.
Última atualização em 27 de agosto de 2021 às 13h12.
O Brasil conquistou nesta quinta a sua terceira medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após Yeltsin Jacques, foi a vez de Silvânia Costa conquistar o lugar mais alto do pódio no quinto salto, o penúltimo, ao bater a marca de 5 metros. Isso depois de ter queimado as duas primeiras tentativas e ter feito saltos que não lhe dariam nem o bronze nas duas seguintes.
Ela também foi ouro no salto em distância nos Jogos Rio 2016; ouro no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; e ouro no salto em distância no Mundial de Doha 2015.
Desde criança, Silvânia tem uma enfermidade chamada Doença de Stargardt, por isso, sua visão regride paulatinamente. Seu encontro com esporte ocorreu aos 18 anos, como uma ferramenta de inserção social.
O esporte apareceu para a atleta de Três Lagoas quando tinha 19 anos. Ela cuidava de um bebê e acumulava dívidas. Perdera o emprego por causa da diminuição paulatina de visão e soube que haveria uma corrida de rua em Campo Grande. Resolveu arriscar e ganhou como prêmio 300 reais para pagar quem deveria.
Silvânia não cola mesmo em ninguém. Sozinha, vai à padaria de manhã, cozinha e pega ônibus. Quando o destino são os treinos, segue a pé, com o irmão, por um caminho que leva oito minutos.