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Pandemia impulsiona viagens internacionais (em realidade virtual)

Com as viagens de realidade virtual não é possível vivenciar diversas experiências sensoriais, mas "você pode explorar um museu e ter tudo para você", algo que pode ser impossível no mundo físico

 (Rob Lever/AFP)

(Rob Lever/AFP)

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Julia Storch

Publicado em 29 de março de 2021 às 13h34.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 23h32.

Jem Jenkins Jones ficou trancada em sua casa no País de Gales durante grande parte do ano passado devido às restrições da pandemia, mas ela conseguiu manter a promessa feita à filha de 10 anos de ver de tudo, da aurora boreal na Islândia até os parques nativos da África do Sul... em realidade virtual. "Ela ficou maravilhada", conta, antes de classificar as experiências virtuais como "salva-vidas" para as duas.

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Quarentenas restritas e limitações de viagens durante a pandemia geraram um interesse renovado em experiências de viagens virtuais imersivas, cada vez mais acessíveis com novos aplicativos e programas de realidade virtual.

Embora os dados sobre o uso da realidade virtual sejam limitados, os desenvolvedores identificaram um interesse crescente desde o início da pandemia. "Disparou", afirmou Cezara Windrem, criadora da plataforma de realidade virtual Alcove no AARP Innovation Labs.

Com a indústria do turismo devastada pela pandemia do coronavírus, a realidade virtual surgiu não apenas como um substituto para as viagens reais mas também como um complemento para ajudar as pessoas a planejar sua próxima viagem.

Os usuários podem optar pelo hardware Oculus do Facebook, PlayStation da Sony ou o barato Google Cardboard, entre outros. Os kits podem ser encontrados a partir de 300 dólares e a maioria dos aplicativos é gratuita. "Viajei todas as semanas durante a pandemia, do conforto da minha casa, disse Rafael Cortes, um cientista da computação que usa o Alcove e a realidade virtual do YouTube. "Fui para Londres, para a ponte de vidro na China, para o Salto Ángel na Venezuela, a antiga cidade de Petra na Jordânia, um passeio de helicóptero em Nova York", relata.

Amy Erdt mora em Portland, Oregon, mas com a realidade virtual afirma que gosta de "passear pela cidade de Wallingford, Inglaterra, de vez em quando, porque não posso estar lá". Erdt, que dirige um grupo de usuários de RV no Facebook, disse que existem "ótimas experiências de viagem em realidade virtual, que podem ser muito realistas".

Impulso duradouro para o turismo

Os aplicativos mais populares para realidade virtual estão no setor de jogos e fantasia, mas as viagens se tornaram uma nova área de crescimento. "Durante a pandemia, quando todos estão socialmente isolados, pode parecer estranho se isolar ainda mais para ser transportado a outro lugar, mas nos permite experimentar coisas que não podemos hoje", disse Avi Greengart, analista da consultoria Techsponential.

Claramente, com as viagens de realidade virtual “você não pode comer a comida única daquela área, você perde muitas das experiências sensoriais e encontros casuais com a população local", reconhece. Mas "você pode explorar um museu e ter tudo para você", algo que pode ser impossível no mundo físico.

Um relatório da empresa GlobalData mostra que a realidade virtual e aumentada já havia começado a ganhar impulso das operadoras de viagens e conselhos de turismo antes da pandemia, para permitir que as pessoas experimentassem um destino antes de ir. De acordo com Ralph Hollister, analista da GlobalData, a pandemia pode dar ao setor um impulso duradouro.

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