Eleazar foi responsável pelo desenvolvimento de uma massa crítica de artistas e de público, sobretudo em parceria com a TV Cultura (Divulgação)
Rafael Kato
Publicado em 6 de junho de 2012 às 13h19.
São Paulo - A música brasileira comemora este ano o centenário de nascimento de Eleazar de Carvalho. Poucos nomes tiveram a importância do maestro na formação de uma cultura erudita no país.
Foi o responsável pela primeira grande fase da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), na década de 1970, criador do Festival de Inverno de Campos do Jordão e dono de um currículo invejável — professor da Julliard e de Yale, mestre de nomes como Claudio Abbado e Zubin Mehta. A comparação com o seu contemporâneo Leonard Bernstein não só é apropriada, como também justa.
Eleazar foi responsável pelo desenvolvimento de uma massa crítica de artistas e de público, sobretudo em parceria com a TV Cultura. O Festival de Campos de Jordão foi, por exemplo, responsável pela revelação de nomes como Roberto Minczuk, atualmente à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Nada mais justo que celebrar Eleazar de Carvalho com um concerto de alta estirpe. A Osesp executará no final de junho a Missa solemnis em Ré maior, Op.123, de Beethoven. A regência será do dinamarquês Thomas Dausgaard e contará com a soprano alemã Susanne Bernhard — ela já esteve com a orquestra em 2011, quando Rafael Frühbeck de Burgos regeu a 9ª Sinfonia do mestre alemão.
Os ingressos custam entre R$ 44 e R$ 149 e podem ser comprados por meio do site da Osesp.