O Museu Subaquático de Arte fica em Cancún, no México (MUSA/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2017 às 07h55.
Última atualização em 24 de junho de 2017 às 07h55.
São Paulo - Nem só de belíssimas pinturas, esculturas e projetos arquitetônicos pode viver um museu. Pelo mundo afora, há espaços dedicados a coleções raras, também muito estranhas e curiosas. É o caso destes dez museus selecionados pela National Geographic, onde é possível encontrar desde corpos mumificados ou uma coleção de pênis conservados em formol, privadas e marionetes. Confira:
Após passar 39 anos estudando medicina, dissecção e química, o alemão Gunther von Hagens desenvolveu o método de preservação de corpos chamado plastinação, que consiste na retirada de água e lipídios do corpo humano ao aplicar polímeros sintéticos no local, o que evita que haja a decomposição dos tecidos. No Museu Plastinarium, localizado na cidade de Guben, na Alemanha, os visitantes aprendem sobre esse processo criado em 1977 e podem ver diversos corpos animais e humanos plastinados em poses curiosas.
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Em 1958, o japonês Momofuku Ando criou as primeiras fórmulas de macarrão instantâneo do mundo, o “Chicken Ramen”. O sucesso foi tanto que, os cupnoodles e macarrões instantâneos representam a cultura alimentar japonesa mundo afora e ganharam um museu. Chamado Momofuku Ando Instant Ramen Museum, o espaço mostra aos visitantes os diversos pacotes de macarrão instantâneo que existem pelo mundo, que também podem experimentar edições limitadas da marca Hokkaido and Tohoku e até criar sua própria embalagem na My CUPNOODLES Factory.
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Um lugar sem pudores para ver todo tipo de arte e artigos históricos sobre sexo. Instalado na famosa Quinta Avenida, o espaço já abrigou exposições sobre o coito de animais e pornografia na internet. São mais de 15 mil itens expostos, entre obras de arte, figurinos, fotografia e registros históricos que criam um discurso aberto sobre sexo e sexualidade – tanto de humanos, quanto de animais. É possível saltar em uma espécie pula-pula em formato de seios infláveis (!) ou contemplar uma série de fotografias eróticas vintage.
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Mini câmeras, dinheiro falsificado, armas disfarçadas e máquinas de cifra… Neste museu, os visitantes podem ver detalhes de mais de 200 artefatos usados por agentes da CIA e do FBI. Além disso, algumas seções exclusivas do museu só podem ser exploradas por meio de técnicas de espionagem, aprendidas em workshops, como um verdadeiro James Bond.
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Na pequenina cidade de Guanajuato, centenas de corpos foram enterrados nas criptas do panteão de Santa Paula em meados do século XIX. Se as famílias não conseguissem pagar os impostos funerários de seus entes queridos, teriam de abrir mão dos corpos para serem exumados. Ao desenterrarem os corpos, foi descoberto que eles estavam mumificados através de um processo natural, provavelmente por fatores climáticos da região. Agora, esses cadáveres, incluindo os de crianças, são itens de exposição do Museo de Las Momias, ou Museu das Múmias de Guanajuato. Macabro, não?
Uma das cidades mais turísticas da América Central, Cancun ganhou em 2009 um museu imerso nas águas azuladas de suas praias paradisíacas. Trata-se do Museo Subacuático de Arte (MUSA), que reúne mais de 500 esculturas em tamanho real fixadas no fundo do mar. As artes oceânicas, que retratam construções, carros, pessoas, animais e objetos, funcionam como um recife artificial feito especialmente para promover o crescimento de corais da região. Os visitantes podem explorar o museu a bordo de um barco com fundo de vidro, por mergulho ou snorkeling.
Além do Museu do Sexo, há outro, na Islândia, dedicado apenas às partes íntimas masculinas. São 215 exemplares de espécies de animais, conservados em formol e dispostos em recipientes de vidro. O museu também exibe amostras de pênis de diversas espécies que estão ameaçadas ou extintas em águas islandesas e em outras partes do mundo, como monstros marinhos, baleias e focas. O fundador do museu, Sigurður Hjartarson, desenvolveu um fascínio pelo estudo fálico ainda criança ao receber um pizzle (pênis de touro), instrumento usado como um chicote para animais de fazenda. Em 1974, começou a colecionar pênis de baleia e abriu o museu em 1990, depois de acumular uma coleção significativa.
Localizado na capital da Índia, o museu detalha a história da higiene e saneamento de 2500 a.C. até hoje. Aberta por Bindeshwar Pathak em 1970, a Fundação Sulabh reúne mais de 50 mil voluntários dedicados a difundir o uso de vasos sanitários pela Índia. A organização sem fins lucrativos tem esse espaço que mostra um modelo de banheiro público pago que conta com banheira, lavanderia e mictório e é utilizado por cerca de 10 milhões de pessoas diariamente em todo o país, além de banheiros banhados a ouro dos imperadores romanos e uma coleção de raros poemas de toaletes.
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O museu convida os visitantes a conhecerem a história obscura da Europa em tempos que a tortura e execuções eram comuns e aceitas pelas leis. Entre os mais de 40 instrumentos de tortura expostos com tutoriais que explicam cada uma das histórias e seu uso na sociedade, há uma cadeira da inquisição coberta de espinhos e espadas que eram usadas para decapitação. O espaço também educa estudantes sobre as torturas que ainda são praticadas até hoje em quase cem países mundo afora
Instalado no estado de Kentucky, o museu é o único desta modalidade no mundo e foi iniciado por William Shakespeare Berger, em 1910, quando comprou seu primeiro boneco de marionete: Tommy Baloney. Em 1947, ele teve que reformar sua garagem para guardar sua enorme coleção e em 1962, precisou construir um segundo espaço. Hoje, o museu conta com mais de 800 bonecos, livros históricos, fotos e playbills. O museu também abriga o ConVENTion, um evento anual de ventríloquos que atrai profissionais e entusiastas da área do mundo inteiro.
Esta matéria foi originalmente publicada no site Casa.com.br.