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Orquestra da Ópera de Paris se apresenta na rua em protesto contra Macron

Os artistas denunciaram que os líderes políticos estão impondo as alterações e fazem "teatro" nas mesas de diálogo com a sociedade civil e sindicatos

Ópera de Paris: atrás dos músicos, em uma enorme faixa estendida, era possível ler a frase "A Ópera de Paris em greve" (Charles Platiau/Reuters)

Ópera de Paris: atrás dos músicos, em uma enorme faixa estendida, era possível ler a frase "A Ópera de Paris em greve" (Charles Platiau/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de dezembro de 2019 às 13h55.

Paris — O orquestra da Ópera da Paris realizou um concerto em plena rua nesta terça-feira, como forma de protestar contra a reforma da previdência proposta pelo governo da França, presidido por Emmanuel Macron, uma semana depois de bailarinas também fazerem um ato público, ao apresentar o "Lagos dos Cisnes".

Os músicos aderiram, dessa forma, ao 27º dia de manifestação da greve geral, que abrange vários setores do país. Os artistas, na Praça da Bastilha, denunciaram que os líderes políticos estão impondo as alterações e fazem "teatro" nas mesas de diálogo com a sociedade civil e sindicatos.

"Nos negamos a entrar na paródia das negociações", dizia panfleto entregue pelos integrantes da orquestra, que executaram obras de Hector Berlioz e "Romeo e Julieta", de Serguei Prokofiev, antes de concluírem a apresentação com o hino nacional da França, "A Marselhesa".

Atrás dos músicos, em uma enorme faixa estendida, era possível ler a frase "A Ópera de Paris em greve".

Os integrantes da Ópera contam com um dos regimes de aposentadoria mais antigos da França, já que, assim como a Comédia Francesa, se beneficiam de uma concessão dada pelo rei Luis XIV, em 1698, que permite aposentadoria aos bailarinos aos 42 anos, e aos músicos aos 60.

 

 

Desde a adesão à greve geral, quatro semanas atrás, mais de 50 apresentações da Ópera de Paris foram canceladas. As perdas estimadas da instituição chegam a 8 milhões de euros (R$ 36,2 milhões). EFE

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