Fachado do prédio da academia de música do Brooklin, onde a Ópera de Nova York apresentou o espetáculo "Anna Nicole" até recentemente (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 22h04.
Nova York - A Ópera da Cidade de Nova York entrou com pedido de concordata nesta quinta-feira depois de anunciar no começo da semana que não havia conseguido levantar recursos suficientes para permanecer aberta e, por isso, teria de fechar as portas.
Um pedido urgente de dinheiro feito pela empresa, criada há 70 anos e chamada de "A Ópera do Povo", conseguiu arrecadar somente 2 milhões dos 7 milhões de dólares estimados para cobrir suas necessidades até o fim de setembro.
Citando rendimentos em declínio num período de sete anos, a companhia de ópera informou nos documentos entregues à Justiça nesta quinta-feira que havia cancelado a atual temporada e "não pretende continuar produzindo temporadas de ópera no futuro".
"Na ausência de uma mudança drástica nas circunstâncias, uma outra instituição educacional ou cultural com interesse em ser parceira ou adotar a NYC Opera, ou um miraculoso aumento de doações, a NYC Opera será forçada a conduzir uma redução ordenada de suas operações", diz o texto.
A Ópera listou suas responsabilidades nos documentos de pedido de concordata com base no Capítulo 11, num total de 5,6 milhões de dólares.
Ainda nos documentos a empresa atribuiu seu declínio financeiro à "economia problemática, decréscimo de doações e aumento nas obrigações previdenciárias", bem como a um mercado de entretenimento lotado, competição com o Metropolitan Opera, e o declínio na educação artística, jornalismo sobre arte e arte na televisão e no rádio.