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Rio 2016: a sombra do doping

A Associação Internacional de Federações Atléticas (IAAF) discute hoje o banimento da Federação Russa das Olimpíadas do Rio. A acusação é de que o Estado russo tenha patrocinado o doping de vários atletas e feito vistas grossas aos exames. O imbróglio se desenrola desde o ano passado, com três delatores fugindo do país e dois oficiais […]

MARIA SHARAPOVA: a tenista russa, uma das atletas mais famosas do país, foi condenada recentemente a uma suspensão de dois anos por doping / Clive Brunskill / Staff

MARIA SHARAPOVA: a tenista russa, uma das atletas mais famosas do país, foi condenada recentemente a uma suspensão de dois anos por doping / Clive Brunskill / Staff

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 20h21.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.

A Associação Internacional de Federações Atléticas (IAAF) discute hoje o banimento da Federação Russa das Olimpíadas do Rio. A acusação é de que o Estado russo tenha patrocinado o doping de vários atletas e feito vistas grossas aos exames. O imbróglio se desenrola desde o ano passado, com três delatores fugindo do país e dois oficiais da Agência Russa Anti-Doping (Rusada) misteriosamente mortos em fevereiro.

As consequências do debate ultrapassam as fronteiras do esporte. O presidente Vladimir Putin deve aproveitar uma eventual punição para engrossar seu discurso anti-ocidente. Durante a Eurocopa, esta semana, o ministro de Relações Exteriores da Rússia afirmou que a polícia francesa está “ventilando sentimentos anti-Rússia” ao extraditar um grupo de torcedores brigões. A Copa do Mundo de 2018, não custa lembrar, será realizada na Rússia.

A relação do país com o doping é antiga. Dos 15 atletas banidos nos jogos de Londres, em 2012, sete eram da Rússia ou de países da antiga cortina de ferro. A União Soviética valorizava os ganhos esportivos e acumulou 1.204 medalhas durante sua existência. Um oficial da Rusada exilado disse que os dopings atuais fazem parte de um projeto definido há anos. Um porta-voz de Putin disse não serem mais do que “rumores de um vira-casaca”.

Entre direitos de transmissão, venda de ingressos, licenças de marca e patrocínio, os jogos de Londres renderam mais de 8 bilhões de dólares em faturamento. Os do Rio devem ir na mesma toada. Banir a Federação Russa, de certa forma, passa um recado de que ninguém está acima do bem e do mal. Nunca uma edição dos jogos investiu tão pesado no controle do doping. No tênis, a estrela russa Maria Sharapova não vem ao Rio justamente por doping. O risco é que novos casos ganhem mais evidência que as competições em si.

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