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"O escândalo" lidera indicações nos prêmios SAG

Filme gira em torno de um caso de assédio sexual no canal conservador Fox News

O Escândalo: filmes recebeu indicações na "era #MeToo", com denúncias de assédio no cinema e na TV (Imdb/Divulgação)

O Escândalo: filmes recebeu indicações na "era #MeToo", com denúncias de assédio no cinema e na TV (Imdb/Divulgação)

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AFP

Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 21h47.

"O escândalo", um filme que gira em torno de um caso de assédio sexual no canal conservador Fox News, recebeu nesta quarta-feira (11) o maior número de indicações para o Prêmio do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos, o SAG Awards, um importante termômetro para o Oscar.

"O escândalo" (em inglês "Bombshell"), um drama da era #MeToo do estúdio Lionsgate, garantiu indicações para todo o elenco- o maior prêmio da noite -, assim como individuais para Charlize Theron - que interpretou a apresentadora Megyn Kelly, assediada pelo cofundador do canal Roger Ailes, depois forçado a renunciar - e para Nicole Kidman e Margot Robbie em seus papéis coadjuvantes.

É seguido por "História de um casamento", "O irlandês" - ambos da Netflix - e "Era uma vez... em Hollywood", de Quentin Tarantino, que receberam três indicações cada.

Foi surpreendente que "História de um casamento", que na segunda-feira liderou as indicações ao Globo de Ouro e conseguiu destaques para Scarlett Johansson e Adam Driver, tenha ficado fora da categoria de melhor elenco. Esta contou com indicações para a sátira do período nazista "Jojo Rabbit", no qual Johansson também trabalhou, e para o drama sul-coreano "Parasita".

Robert De Niro foi mais uma vez esquecido por seu papel principal em "O irlandês", o filme de três horas e meia de Martin Scorsese, enquanto os favoritos Joaquin Phoenix ("Coringa") e René Zellweger ("Judy: Muito Além do Arco-Íris") receberam mais indicações nesta temporada de prêmios.

Embora menos conhecido que o Globo de Ouro, o SAG Awards é considerado um termômetro mais confiável para o Oscar, já que os atores representam a maior parte dos aproximadamente 9.000 eleitores da Academia de Cinema dos Estados Unidos.

Os prêmios serão entregues em 19 de janeiro em Los Angeles.

"Maravilhosa Sra. Maisel", a série da Amazon sobre uma dona de casa dos anos 50 que se tornou uma comediante de "stand-up", repetiu o sucesso do Emmy e liderou as indicações do SAG para a televisão, com quatro.

O bom desempenho de "O escândalo" no SAG coloca-o de volta à competição pelo prêmio mais cobiçado do cinema, incluindo a categoria de melhor filme, após ter conquistado apenas duas indicações no Globo de Ouro.

A Netflix repetiu seu sucesso do Globo de Ouro ao liderar de novo confortavelmente as indicações ao SAG, tanto no cinema como na televisão.

Mas algumas de suas produções não foram consideradas, como "Dois papas", que não rendeu indicações para Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, e "Meu nome é Dolemite", que marcou a volta de Eddie Murphy ao cinema.

Os eleitores do SAG favoreceram, por outro lado, Taron Egerton, em seu papel de Elton John na biografia musical "Rocketman", e Christian Bale em "Ford vs Ferrari".

Lupita Nyong'o também recebeu uma indicação individual por seu trabalho no aclamado filme de terror "Nós", excluído do Globo de Ouro.

"The Morning Show", da Apple TV+, sobre um programa de notícias de televisão atingido por um escândalo #MeToo, ganhou as três primeiras indicações para a nova plataforma de streaming, incluindo uma para Jennifer Aniston.

O novo elenco de "The Crown", liderado por Olivia Colman na terceira temporada, também recebeu três indicações, assim como o sucesso do Emmy "Fleabag", a comédia britânica de Phoebe Waller-Bridge.

A criticada temporada final de "Game of Thrones" teve que se conformar com duas indicações: a de melhor elenco para uma série dramática e uma individual para Peter Dinklage, que interpreta o anão Tyrion Lannister.

As indicações para o SAG foram anunciadas por America Ferrera ("Ugly Betty") e Danai Gurira ("The Walking Dead") em uma cerimônia em Los Angeles.

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