James Bond: marcas icônicas ao longo de décadas (Divulgação/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 2 de setembro de 2019 às 15h39.
Não é à toa que vemos garrafas de uísque Macallan, long necks de Heineken, ternos da grife Tom Ford e relógios da Omega nos filmes do James Bond. Todas essas marcas desembolsam vultosas somas para espalhar seus produtos nas aventuras do agente secreto. De acordo com o jornal inglês “The Mirror”, o próximo longa da franquia, “No time to die”, previsto para 2020 e novamente com Daniel Craig, já teria amealhado £ 75 milhões de marcas interessadas em se associar ao 007. A Aston Martin é uma delas.
A proximidade de Bond com a montadora britânica é antiga. Começou com “007 contra Goldfinger”, de 1964, o terceiro da série, no qual Sean Connery acelerou um Aston Martin DB5. No livro que deu origem ao filme, o agente secreto dirige o modelo DB Mark III, mas a companhia preferiu promover seu modelo mais recente de então. O ator voltou a conduzir o invocado DB5 em “007 contra a chantagem atômica”. Em “A serviço secreto de sua majestade”, de 1969, o único estrelado por George Lazenby, o Aston Martin escolhido foi o DB6.
A parceria com a marca voltou só em 1987, com “Marcado para Morrer”, no qual o herói vivido por Timothy Dalton dirigiu o modelo V8 Vantage. Na sua estreia no papel, em “Goldeneye”, de 1995, Pierce Brosnan segurou o volante de um DB5 e, em “Um novo dia para morrer”, de 2002, um V12. O de Daniel Craig em “Cassino Royale”, de 2006, no qual também se viu um DB5, foi um DBS. O eleito para “Quantum of Solace”, lançado dois anos depois, também foi um DBS. Em sua sexta versão, o DB5 rodou em “Operação Skyfall”, de 2012. No longa seguinte, “Spectre”, Craig acelerou a bordo de um insinuante DB10.
A montadora afirma que a parceria é lucrativa, já que fatalmente aumenta as vendas dos modelos levados ao cinema. O leilão do DB5 usado para promover “007 contra a chantagem atômica", uma réplica do modelo visto no filme, dá uma ideia do quanto a associação com o agente secreto é proveitosa. O esportivo foi arrematado na Califórnia por US$ 6,4 milhões e virou o DB5 mais caro da história. No ano passado, a montadora anunciou que vai construir 25 versões do modelo usado em “007 contra Goldfinger”. Cada um vai ser vendido por US$ 3,5 milhões.