Brittney Griner: atleta está presa na Rússia desde fevereiro. (KIRILL KUDRYAVTSEV/Getty Images)
Matheus Doliveira
Publicado em 7 de julho de 2022 às 12h50.
Última atualização em 7 de julho de 2022 às 13h25.
Bicampeã olímpica, a estrela do basquete americano Brittney Griner está vivendo um drama jurídico na Rússia após ser flagrada com um cigarro eletrônico com óleo de haxixe.
A atleta que levou ouro nas olimpíadas do Rio (2016) e de Tóquio (2020) está presa na Rússia desde o dia 27 de fevereiro, enquanto aguarda julgamento por porte de drogas.
Se fosse condenada no país, Griner poderia pegar até 10 anos de prisão.
Nesta quinta-feira, 7, ela admitiu ser culpada da acusação de portar 1 vape com óleo de haxixe, mas alegou que nunca quis infringir a lei sobre drogas da Rússia. "Gostaria de me declarar culpada. Mas não houve intenção. Não queria infringir a lei", disse a um tribunal russo.
Após a fala, Griner e seus advogados pediram mais tempo ao tribunal russo para trabalharem na defesa da atleta.
Uma nova audiência irá acontecer no dia 14 de julho.
A prisão de Griner ocorre em um momento onde as relações diplomáticas entre Rússia e Estados Unidos estão nas cordas por conta da guerra da Ucrânia.
Ainda assim, o presidente americano Joe Biden garantiu que a Casa Branca fará o que puder para ajudar a estrela do basquete.
Ontem, Biden falou com a esposa da atleta presa na Rússia, Cherelle Griner.
Uma nota divulgada pela Casa Branca diz que a vice-presidente Kamala Harris também participou das conversas e que o consenso é que a prisão da atleta americana é "injusta" e que ocorreu sob circunstâncias "intoleráveis".
Griner é estrela número 1 do Phoenix Mercury, da Associação Nacional de Basquetebol Feminino (WNBA).
Ela estava na Rússia porque também jogava em um time russo quando as temporadas da WNBA acabavam.