Modelo HAN EV da BYD: foco no segmento premium (BYD/Divulgação)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 11h22.
Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 11h22.
O carro elétrico é o futuro do setor automotivo, para boa parte das montadoras, que investem na transição da combustão. No Brasil, mesmo com entraves, como uma infraestrutura de recarga ainda incipiente e preço final elevado dos carros, esse futuro parece estar mais próximo.
Os carros eletrificados superam as previsões e fecharam 2023 com 93.927 emplacamentos, segundo a Associação brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Trata-se de um crescimento de 91% sobre as vendas de 2022, com 49.245 emplacamentos.
Apenas em dezembro as vendas chegaram a 16.279 carros eletrificados, quase o triplo dos 5.587 de dezembro de 2022, um incremento de quase 200%. Esse foi o recorde mensal da série registrada pela ABVE.
Segundo a entidade, os números de 2023 consolidam uma virada do mercado de eletrificados no Brasil, no rumo dos veículos elétricos plug-in (PHEV e BEV). Os plug-in (que têm recarga externa das baterias) representaram 56% das vendas de eletrificados leves no ano, com 52.359 unidades.
Os carros elétricos plug-in superaram os híbridos convencionais HEV a gasolina e HEV flex, com 41.568 unidade vendidas. Até 2022 esses veículos dominavam o segmento. Em dezembro, os plug-in atingiram 70% das vendas totais de eletrificados (11.371, de um total de 16.279).
Quem puxou os resultados foram novos atores, montadoras que estrearam este ano no mercado brasileiro, as chinesas BYD e GWM. Para Ricardo Bastos, presidente da ABVE, o bom resultado de 2023 reflete ainda outros fatores, entre eles o anunciado aumento do imposto de importação de veículos elétricos e híbridos a partir de janeiro, que provocou uma antecipação das vendas no último bimestre.
“Os números indicam principalmente uma sensível evolução desse mercado este ano, com os veículos plug-in chegando a dois terços das vendas em dezembro, confirmando a confiança e a preferência cada vez maior do consumidor pelas novas tecnologias”.
E para este ano, qual a tendência. "Para 2024 ainda estamos avaliando o efeito das novas alíquotas do imposto de importação, mas já posso antecipar que ainda assim teremos boas surpresas", diz o presidente da ABVE.
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