Repórter de Lifestyle
Publicado em 23 de setembro de 2024 às 14h57.
A Ford assinou, nesta segunda-feira, 23, um acordo para a transferência da fábrica de Horizonte ao governo do Ceará. O imóvel, com área de 11,89 hectares, está localizado no bairro Catolé e operou como linha de montagem da Troller até 2021, quando a montadora do oval azul decidiu encerrar as operações da marca. Os valores e detalhes do acordo não foram divulgados.
Em nota enviada à EXAME Casual, a Ford afirmou que o documento contribuirá para o crescimento econômico e social do estado. "A Ford agradece ao governo do Ceará por permitir uma negociação em que a empresa e o Estado puderam colaborar para promover o desenvolvimento da região". No fim do ano passado, a montadora também se desfez da planta de Camaçari em um acordo similar com o governo da Bahia.
O governo do Ceará já tem planos para o espaço. No início de agosto, em um evento com a presença do governador Elmano de Freitas e do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foram anunciados os detalhes do plano do governo estadual.
A ideia é criar o Polo Industrial Automobilístico, com cerca de R$ 400 milhões em investimentos e 255 empregos diretos na primeira fase. O polo iniciará suas atividades com um modelo de planta automotiva multimarcas. No complexo, serão produzidos veículos eletrificados e/ou híbridos sob encomenda de terceiros. A expectativa é que os primeiros veículos saiam da linha de montagem no primeiro semestre de 2025.
O complexo industrial terá como âncora e parceira a Comexport, a maior empresa de comércio exterior e supply chain do Brasil. Marcas como Mercedes-Benz, Honda, BYD, GWM, Renault, Ford, Volvo, GM, Toyota, Higer, Chery, Volkswagen e Porsche operam no Brasil por meio da Comexport.
A estimativa de capacidade de produção é de 40 mil veículos na primeira fase, distribuídos entre modelos de diferentes marcas. O governo do Ceará afirma que já possui acordos para a produção de seis modelos de veículos eletrificados de três marcas. No entanto, nem o governo estadual nem a Comexport divulgaram os nomes dessas marcas.