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Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2011 às 17h30.
São Paulo - Aquela comida guardada há dias na geladeira não será mais uma ameaça de intoxicação para o corajoso que resolver comê-la. Isso porque um “plástico inteligente”, que está sendo desenvolvido na University of Strathclyde, em Glasgow, na Escócia, é capaz de mostrar quando o alimento ainda pode ser consumido e quando ele passa a ser um risco à saúde. Segundo uma reportagem publicada no site Gizmag.com, o material muda de cor à medida em que o conteúdo fica impróprio para o consumo.
A intenção dos pesquisadores é aplicar o plástico em produtos industrializados junto com a embalagem de “atmosfera modificada”, na qual a vida útil do alimento é alongada, pois substitui o ar dentro do embrulho por uma mistura de gases de proteção, como o dióxido de azoto ou de carbono. Com a novidade, as etiquetas que indicam a validade estimada do produto não seriam mais necessárias e, segundo os estudiosos, o processo ficaria mais simples. Assim, eles esperam que a invenção possa render bons resultados principalmente para a indústria de carnes e frutos do mar, na qual a validade deve receber ainda mais atenção.
E não são apenas os alimentos guardados há muito tempo que serão denunciados pelo plástico. As comidas cujas embalagens tenham sido danificadas, rasgadas ou apresentado problemas na refrigeração também provocarão mudanças no aspecto do plástico. Na reportagem, o líder do projeto, professor Andrew Mills, declarou que espera que o novo material reduza o desperdício e o risco de contaminação por ingestão de alimentos contaminados.