A maior novidade do Civic está no botão que aciona o ECON, sistema que controla as acelerações e interfere em diversas funções, em nome da economia de combustível (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 01h31.
São Paulo - Vamos fazer uma brincadeira: pegue uma foto da oitava geração do Civic e compare-a com seu sucessor. Achou difícil encontrar onde estão as diferenças? De fato, não é fácil notar as diferenças entre as duas gerações logo de cara. Mas basta fazer uma análise mais detalhada para ver que o novo Civic mudou. E muito.
Começando pelo visual, a nona geração do Civic parece uma atualização de seu antecessor, o que está longe de ser uma crítica. As linhas do modelo recém-aposentado ainda eram atuais e a nova geração deu um toque de esportividade. Na frente, o para-choque ficou mais encorpado e ganhou novos faróis.
Atrás, as lanternas foram redesenhadas e ganharam refletores na tampa do porta-malas, fazendo lembrar o estilo do Accord. Goste ou não das mudanças, o Civic brasileiro tem um visual diferente da versão americana, mais conservadora e que não foi tão bem recebida por lá quanto a Honda esperava.
Abra a porta e veja que o Civic também se renovou por dentro. O entre-eixos foi encurtado em três centímetros, mas o espaço interno continua igual. Se o porta-malas ficou maior e os passageiros viajam com o mesmo conforto, qual foi o milagre que os engenheiros da Honda fizeram? Simples: realocaram painel e bancos. A capacidade do porta-malas também melhorou, passando dos tímidos 340 litros para 449 litros, graças ao estepe de uso temporário (mais fino que os pneus convencionais) e à adoção de uma tampa traseira mais alta.
Diferente também é o painel, que ganhou contornos mais suaves, embora conserve algumas soluções bastante elogiadas da oitava geração, caso do painel em dois andares. Na parte superior fica a tela da central mulimídia i-Mid, que reúne computador de bordo, controles de áudio e avisos de segurança, além de mostrar a imagem da câmera de ré.
A maior novidade do Civic está escondida no canto esquerdo da cabine: o botão verde aciona o ECON, sistema que controla as acelerações e interfere em diversas funções, como o tempo das trocas de marcha (no câmbio automático) e o funcionamento do ar-condicionado, aproveitando mais o ar da recirculação. Tudo em nome da economia de combustível.
São três versões de acabamento (LXS, LXL e EXS) e duas opções de transmissão (manual ou automática), sendo que as versões LXS e LXL podem ser equipadas com ambas as opções de câmbio. Todas as opções são equipadas com ar-condicionado digital, câmera de ré, computador de bordo e sistema de som com comandos no volante.
As versões LXL e EXS possuem borboletas atrás do volante para trocas de marcha sequenciais. Quem comprar a versão EXS também será presenteado com itens mais luxuosos, incluindo airbags laterais, Bluetooth, teto solar e tela touch screen de 6,5 polegadas no console central com GPS.
O motor 1.8 i-VTEC teve vários componentes trocados, mas oferece os mesmos 140 cv e 17,7 mkgf da geração anterior. Entre as alterações feitas pela Honda, estão o redesenho do coletor de admissão (para melhorar a distribuição da mistura na câmara) e a redução da taxa de compressão, com o intuito de suavizar o funcionamento do conjunto.
Os tempos de aceleração são ligeiramente mais rápidos no novo Civic e a Honda diz que melhorou a dirigibilidade, fazendo mudanças também na suspensão. O fato é que o motor ganhou mais fôlego após as modificações.
A Honda ainda não revelou os preços do novo Civic, mas já afirmou que não pretende mexer na tabela de preços. Neste caso, os valores ficariam entre R$ 66.660 (LXS) e R$ 86.750 (EXS).