São Paulo - Na cerimônia do Oscar 2019, em fevereiro, a plataforma de streaming Netflix mostrou que entrou de vez na competição dos pesos-pesados com o sucesso de seu drama "Roma". O filme de Alfonso Cuarón enfrentou de frente os dramas das grandes produtoras hollywoodianas e levou para casa três estatuetas, incluindo Melhor Diretor e Melhor Filme Estrangeiro (para o México).

Agora, a Netflix promete mais um filme que deve romper a barreira de proteção de Hollywood e, talvez, levar o Oscar de Melhor Filme para casa. Martin Scorsese dirige Al Pacino, Robert De Niro e Joe Pesci em "The Irishman" ("O Irlandês"). O investimento foi pesado: estimados US$ 125 milhões para a produção.

O filme abre o NYFF, o festival de cinema de Nova York, em 27 de setembro antes de chegar à Netflix. Para concorrer ao Oscar em 2020, também terá de estrear em cinemas em Los Angeles.

Biográfica, a produção conta a história real do sindicalista Frank "The Irishman" Sheeran (De Niro), suspeito ser um matador de aluguel e de ter matado o ativista sindical Jimmy Hoffa (Pacino), cujo corpo nunca foi encontrado. O elenco ainda conta com Joe Pesci, Anna Paquin e Harvey Keitel. São cinco Oscars de atuação acumulados entre o elenco principal.

O filme tem gerado expectativa por usar a tecnologia VFX para um processo de "de-aging": tornar a pessoa mais jovem. Para propósitos de história, De Niro e Pacino precisaram ficar muito mais jovens que na realidade. Suas histórias são contadas ao longo de décadas. A tecnologia foi oferecida no filme pela Lucasfilm's Industrial Light & Magic. O resultado final está atiçando a curiosidade do público.

"The Irishman" foi escrito a partir do livro de 2003 "I Heard You Paint Houses", de Steve Zaillian.

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