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Nova agência da Teresa Perez Tours ajuda CEOs e afins a viajar em meio à pandemia

O foco da TP Corporate, fundada em parceria com a LTN Brasil, é ajudar executivos a driblar os contratempos impostos pela covid-19 ao turismo internacional; faturamento previsto para três anos é de R$ 100 milhões

Tomás Perez, presidente da Teresa Perez Tour, e Gustavo Bernhoeft, presidente da LTN Brasil: joint venture (Divulgação/Divulgação)

Tomás Perez, presidente da Teresa Perez Tour, e Gustavo Bernhoeft, presidente da LTN Brasil: joint venture (Divulgação/Divulgação)

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Daniel Salles

Publicado em 1 de março de 2021 às 14h18.

Última atualização em 1 de março de 2021 às 15h39.

De um céu de brigadeiro para uma tormenta sem precedentes. Os dois cenários resumem, respectivamente, a Teresa Perez Tours em 2019 e 2020. No primeiro ano, ela faturou mais de 500 milhões de reais – das companhias especializadas em organizar viagens de turistas de alta renda, ela é a maior companhia da América Latina. No ano passado, por razões óbvias, o resultado, não divulgado, foi desanimador. “Tivemos uma queda abruta tanto no corporativo como no lazer”, confessa Tomás Perez, o presidente da agência. “Mas foi também um ano de aprendizado, que nos permitiu repensar nosso modelo de negócio”.

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Ele concedeu entrevista à Casual Exame para anunciar o novo braço da Teresa Perez Tours, a TP Corporate. Trata-se de uma nova agência, essa focada em viagens de executivos que pertencem ao chamado C-Level e precisam fazer as malas mesmo com a pandemia ainda longe do fim – falamos de CEOs, CFOs e companhia. Em resumo, a novidade se prontifica a facilitar os deslocamentos internacionais, cada vez mais imprevisíveis e complexos por culpa do novo coronavírus.

Cibele Marques, diretora de vendas e de desenvolvimento de negócios da TP Corporate, Gustavo Bernhoeft e Tomás Perez (Divulgação/Divulgação)

“As exigências para entrar em cada país estão mudando a toda hora e podem ser alteradas bem no meio da viagem”, explica Gustavo Bernhoeft, presidente da LTN Brasil, com a qual a Teresa Perez fundou a nova agência. “O papel da TP Corporate é estudar a rota de cada cliente, dizer o que ele precisa fazer e monitorá-lo em tempo real, para auxiliá-lo em caso de contratempos, sempre com um plano B ou C já desenhado”. A companhia também se incumbe das reservas em hotéis, das passagens áreas e dos transfers, entre outros itens. “Somos um concierge com o qual as secretarias dos grandes executivos poderão contar na hora de organizar as viagens deles”, emenda Bernhoeft, acrescentando que muitas empresas não dispõem de ninguém encarregado pela organização dos deslocamentos do tipo.

A empresa que ele preside, cujo faturamento há dois anos foi de 150 milhões de reais, tem a mesma fatia que a Teresa Perez na nova agência. A meta da TP Corporate é faturar em três anos 100 milhões de reais. “Mesmo com a pandemia controlada, os grandes executivos continuarão precisando dos nossos serviços”, sustenta Bernhoeft. “Surgiram novas demandas que vão continuar”.

Os clientes atendidos até aqui são ligados principalmente ao mercado financeiro e à indústria manufatureira. E parte deles pertence a corpos diplomáticos – convém registrar que a TP Corporate também se propõe a auxiliar estrangeiros a viajar com mais conforto e segurança para o Brasil, para onde muita gente deve estar desesperada para não ir em razão do repique da covid-19 por aqui.

Um dos truques para facilitar a vida do público alvo da nova agência é o uso da aviação executiva. “Na aviação comercial, cancelamentos de voos têm sido cada vez mais comuns, o que não ocorre na outra”, observa Tomás, acrescentando que em aviões privados fica mais fácil garantir o providencial distanciamento entre os passageiros. Por sinal, a TP Corporate anda sendo consultada sobre a possibilidade de organizar voos entre Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, em jatos executivos.

E as viagens internacionais de lazer? “Já notamos a volta de uma procura tímida, embora sobretudo para 2022, quando a demanda deverá ser muito grande e haverá pouca oferta de voos, possivelmente com reflexo nos preços”, diz o presidente da Teresa Perez Tours. “Em maio e junho agora já deve haver um crescimento de viagens para a Europa, mas as fronteiras provavelmente só serão abertas para os vacinados”.

 

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