Schröder: uma mulher pode jogar em uma equipe dominada por homens e pode jogar de igual para igual (Thomas Lovelock/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de março de 2018 às 14h12.
Última atualização em 12 de março de 2018 às 15h04.
PyeongChang - A norueguesa Lena Schröder faz história ao ser a única mulher entre os 135 jogadores de hóquei no gelo que participam dos Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul.
Schröder, de 24 anos, é a segunda mulher a competir em uma equipe masculina de hóquei no gelo paralímpico. A primeira foi a compatriota Brit Mjaasund Oejen, goleira da Noruega nos Jogos de Lillehammer em 1994.
Lena nasceu com espinha bífida e desde pequena tentou encontrar um refúgio no esporte. Em 2008, se interessou pelo hóquei devido "à complexidade e à interessante tática do jogo coletivo".
A estreia pela seleção paralímpica feminina ocorreu no mesmo ano na cidade norueguesa de Moss. Dez anos depois, o técnico Espen Hegde, que já tinha trabalhado com Lena, a incluiu na convocação para uma competição de alto nível.
"Ela estava entre os nossos convocados, e não como um gesto simbólico. É uma jogadora disciplinada e confiável na quadra", analisou o técnico norueguês.
Para Schröder, é "importante a confiança" depositada na atacante prova demonstra que "uma mulher pode jogar em uma equipe dominada por homens e pode jogar de igual para igual".
À parte do esporte, que treina em seu clube, o Valerenga, Lena Schröder dedica seu tempo aos estudos de medicina que cursa na Universidade de Oslo.
Enquanto isso, sonha em seguir os passos de suas referências esportivas, os esquiadores Petter Northug, ganhador de quatro medalhas em Jogos Paralímpicos, e Aksel Lund Svindal, triplo medalhista em Vancouver 2010.
A Noruega ganhou medalhas no hóquei no gelo paralímpico em cinco das seis edições que disputou. A única vez que ficou fora do pódio foi em Sochi 2014, quando terminou no quarto lugar. Em PyeongChang, a seleção norueguesa estreou com uma derrota por 3 a 2 para a Itália.