Funeral: um dos objetivos é facilitar a participação de idosos e pessoas com deficiência (Kankon Sosai Aichi Group/Handout/AFP)
AFP
Publicado em 13 de setembro de 2017 às 14h56.
Prestar - sem muito esforço - uma homenagem aos entes queridos que se foram já é possível no Japão, com a oferta de um serviço que pode ser muito útil especialmente no caso de idosos, ou de pessoas com deficiência.
A empresa funerária Kankon Sosai Aichi Group oferece a possibilidade de se rezar pelos mortos sem sair do carro.
O serviço funciona assim: uma urna para cinzas é apresentada ao visitante, que pode permanecer no carro e fazer os gestos habituais nessas cerimônias. Todos os movimentos são filmados e retransmitidos para a sala do velório.
"As pessoas idosas às vezes resistem a assistir à cerimônia, porque têm de pedir ajuda para sair do carro", justifica o presidente do Kankon Sosai Aichi Group, Masao Ogiwara.
A população japonesa envelhece rapidamente, e o número de mortes ao ano já supera o de nascimentos. Cerca de 28% dos habitantes do arquipélago têm mais de 65 anos, e essa proporção passará para 37,7%, em 2050.
O mercado funerário no Japão movimenta mais de 1,7 bilhão de ienes ao ano (cerca de US$ 16,1 bilhões).
Nesse setor, também há outros serviços originais, como um robô semiandroide que substitui um sacerdote budista, ou uma "tumba virtual" - a imagem do monumento funerário real, o qual pode ser "visitado" quantas vezes quiser pela tela do computador, ou do celular.
Além disso, diante da falta de espaço nos cemitérios da cidade, habilitaram-se prédios para abrigar as cinzas dos mortos. Depois, quem quiser honrar a memória de seus familiares se apresenta no local com um cartão magnético com os dados do falecido. A urna é, então, transferida de forma automática para um altar, onde se pode rezar.