Nilton Santos, capitão do Brasil, cumprimenta Billy Wright, capitão da Inglaterra, antes de uma partida no Estádio Wembley, em maio de 1956 (PNA Rota/Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 17h12.
São Paulo - O futebol perdeu parte de sua elegância. Morreu nesta quarta-feira, aos 88 anos, no Rio, Nilton Santos, o maior lateral-esquerdo de todos os tempos. A "Enciclopédia do Futebol", como era conhecido por causa de sua inigualável capacidade técnica de jogar, só vestiu duas camisas em 16 anos de carreira: do Botafogo (entre 1948 a 1964) e da seleção brasileira.
Nilton Santos era um jogador à frente de sua época. Ao contrário dos zagueiros contemporâneos, gostava de ir ao ataque. Na Copa do Mundo de 1958, no jogo contra a Áustria, levou uma bronca do técnico Vicente Feola por ter passado do meio de campo. Ele fez mais. Tabelou com Mazzola e, na saída do goleiro, tocou com classe para fazer o segundo gol do Brasil.
Ao todo, foram três gols marcados pela seleção brasileira em 84 jogos, período em que disputou quatro edições da Copa do Mundo, em 1950, 1954, 1958 e 1962 - foi bicampeão mundial nas duas últimas. Pelo Botafogo, onde jogou a vida inteira, com um total de 723 partidas disputadas, ele virou um dos maiores ídolos da história, ao lado do seu contemporâneo Mané Garrincha.
Nilton Santos vinha sofrendo com problemas médicos nos últimos anos - foi diagnosticado com Mal de Alzheimer em 2007. Ele tinha sido internado no último domingo, com insuficiência respiratória e cardíaca. E acabou morrendo nesta quarta-feira.