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Netflix aposta em versão mexicana de reality show culinário

Os reality shows estão ganhando força na Netflix, que lançou oito reality shows neste ano, incluindo o renascido “Queer Eye”

Netflix: Programas sem roteiro estão se tornando um gênero importante para a gigante do streaming (Mike Blake/Reuters)

Netflix: Programas sem roteiro estão se tornando um gênero importante para a gigante do streaming (Mike Blake/Reuters)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 12h11.

Os reality shows estão ganhando força na Netflix.

Os programas sem roteiro, comuns nas TVs abertas e a cabo, estão se tornando um gênero importante para a gigante do streaming. A empresa lançou oito reality shows neste ano, incluindo o renascido “Queer Eye”. Agora, a competição culinária “Mandou bem” está sendo remodelada para os espectadores mexicanos, disseram pessoas com conhecimento do assunto, tornando-se o primeiro reality show da Netflix a ser adaptado para um mercado específico.

A decisão de fazer uma versão do programa em idioma local reflete uma mudança de estratégia e mostra também a importância crescente dos mercados internacionais. Mais de 90 por cento dos clientes mais novos da empresa moram no exterior, e o México é um dos cinco principais mercados. Os executivos da Netflix já estão conversando com produtores de reality shows sobre a adaptação de outros programas, disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas por discutirem planos preliminares.

“Quem olha uma plataforma global como a Netflix e nota a tremenda oportunidade de crescimento internacional começa a se perguntar: ’um tamanho único serve para todos?’”, disse Dave Broome, criador do primeiro reality show da empresa, “Ultimate Beastmaster”.

A Netflix tem evitado, em grande parte, fazer versões de programas específicas para cada país, e os executivos consideraram até o momento que o apelo global dos programas era fundamental para atrair mais de 130 milhões de clientes. Séries como “Narcos” e “House of Cards” são tão populares na Europa quanto na América Latina e nos EUA, afirma a empresa.

Adaptação local

No entanto, a adaptação de programas para mercados específicos é comum no ramo de reality shows. Uma empresa desenvolve uma série em um mercado e depois vende os direitos para emissoras de todo o mundo. Esses licenciados ajustam o programa para seus próprios espectadores, contratando apresentadores locais e modificando certos elementos. Versões de “The Biggest Loser” e “Big Brother” são transmitidas em todo o mundo.

A Netflix não tinha um departamento dedicado a reality shows quando Broome criou “Ultimate Beastmaster”, uma competição baseada em uma elaborada corrida de obstáculos. O programa combinou o modelo tradicional de reality show com o modelo Netflix. O produtor fez seis versões do programa ao mesmo tempo, usando anunciantes e competidores de diferentes países, e lançou todos de uma vez. A primeira temporada contou com participantes de EUA, Japão, Brasil, México, Alemanha e Coreia do Sul.

Segunda temporada

Broome, desde então, produziu uma segunda temporada e assinou um contrato maior para programas adicionais da Netflix. A empresa, por sua vez, contratou Bela Bajaria e Brandon Riegg, da NBCUniversal, da Comcast, e eles rapidamente passaram a figurar entre os maiores compradores de reality shows. Na semana passada, vários programas novos foram anunciados, incluindo um reality show mexicano com nove das pessoas mais ricas do país.

“Mandou bem” é o primeiro grande reality show de sucesso da empresa. Apresentado por Nicole Byer, o programa conta com três confeiteiros amadores que disputam um prêmio de US$ 10.000. Ele é filmado em um set e custa relativamente pouco, o que o transforma em candidato ideal a ter várias versões.

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