São Paulo - A Netflix vai ganhar mais uma série original e desta vez a inspiração vem do Brasil.
A nova produção será baseada nas recentes investigações de corrupção da Operação Lava Jato e será dirigida por José Padilha, o mesmo diretor de "Narcos" e "Tropa de Elite", e escrita por Elena Soares.
As filmagens devem começar neste ano. Já a estreia está prevista para 2017. A série, no entanto, ainda não tem nome definido.
Em nota, Erik Barmack, vice-presidente de Originais Internacionais da Netflix, afirmou que a Netflix reconhece o talento de Padilha em transformar os eventos atuais ainda em constante evolução em narrativas atraentes.
"Ele está bem posicionado para documentar este momento importante na história do Brasil", afirmou o executivo.
Segundo Padilha, a história vai se concentrar nas operações policiais e nos detalhes sobre o esquema de corrupção da Lava Jato.
"É fundamental que a série seja produzida com imparcialidade, e a Netflix é com certeza a melhor parceira para que isso possa ser concretizado”, afirmou o diretor em comunicado.
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1/9 (Divulgação/ Netflix)
São Paulo – Para quem acompanha a série “House of Cards”, da
Netflix, o cenário político de 2015 foi um prato cheio de paralelos possíveis com a trama que tem como personagem central, o político democrata Francis Underwood – com quem a
revista Economist chegou a comparar o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB). Mas a aclamada série norte-americana não é a única que dá um show de lições sobre
política. EXAME.com pediu que dois analistas políticos listassem alguns filmes e séries que valem como uma verdadeira aula sobre o tema - todos eles disponíveis na Netflix. O resultado está nas imagens a seguir.
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2. "House of Cards"
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2/9 (Getty Images)
A série gira em torno da busca pelo poder do personagem principal, Francis Underwood. Francis é um congressista que tinha a promessa de um cargo no gabinete da presidência caso assegurasse a eleição do presidente dos
Estados Unidos. Traído, Underwood elabora um astuto plano de vingança. A recomendação é da socióloga e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rosana Schwartz. "Essa série mostra uma série de relações de poder que existem dentro do universo político", diz. "Ela fala sobre ações antiéticas, compra de votos e manipulação da imprensa, que são coisas que a gente conhece e vive diariamente no nosso país". Segundo a socióloga, o seriado mostra como somos passíveis a torcer para que o "lado ruim" se dê bem. "Ela mexe com os seus valores e mostra que as pessoas são suscetíveis a se corromperem".
“House of Cards” Ano de lançamento: 2013
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3. "Narcos"
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3/9 (Netflix/Divulgação)
Outra recomendação de Rosana, da Universidade Mackenzie, é dirigida pelo diretor brasileiro, José Padilha (conhecido também pela direção em Tropa de Elite) e tem Wagner Moura no papel principal. Narcos retrata história real do famoso traficante colombiano, Pablo Escobar. A trama expõe as ações de uma das maiores organizações criminosas do mundo e o poder do narcotráfico nos anos 80 e 90. "Essa série traz um realismo de um problema muito intenso em toda a
América Latina, que é o narcotráfico", diz Rosana, que usa alguns episódios em sala de aula. "Ela mostra o envolvimento desse mundo com as questões políticas, como a compra de voto, papel do poder e o que as pessoas fazem para chegar ao poder".
“Narcos” Ano de lançamento: 2015
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4. "Tropa de Elite"
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4/9 (Reprodução/YouTube)
É claro que o queridinho dos filmes nacionais não ficaria de fora da lista. Quem indica é o cientista político David Fleischer, que leciona na Universidade de Brasília (UNB). A produção mostra os bastidores do Batalhão de Operações Policiais Especiais (
BOPE) em meio a
corrupção. No filme, o ambiente caótico das favelas do Rio de Janeiro é palco para acordos ilegais entre policiais e traficantes em busca de dinheiro, de lucro e de poder. "O filme apresenta uma realidade muito complexa e viva da sociedade brasileira", diz Fleischer.
“Tropa de Elite” Ano de lançamento: 2007
Direção: José Padilha
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5. "2 Coelhos"
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5/9 (Divulgação)
No longa, um homem cansado de conviver com a criminalidade do país se revolta contra o sistema e bola um plano para fazer justiça com as próprias mãos. Para reivindicar mudanças na
política brasileira, o personagem arma um conflito entre criminosos e autoridades. "Toda obra é dotada de questões políticas que mostram um contexto da nossa vida cotidiana", diz Rosana Schwartz.
“2 coelhos” Ano de lançamento: 2012
Direção: Afonso Poyart
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6. "Cidade de Deus"
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6/9 (Divulgação)
Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, é considerado um dos clássicos do cinema nacional. Trata, em suma, da história de duas crianças. Ao longo do anos, um deles se torna fotógrafo e o outro, traficante e líder do crime organizado da favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Indicado ao
Oscar em quatro categorias, a obra apresenta o ambiente da criminalidade no Brasil, a origem do tráfico de drogas, a guerra com civis e a criação das crianças nas favelas. Para o cientística político, David Fleischer, o filme traz uma lição importante sobre uma das tantas realidade do nosso país. "Esse longa discute sobre como a política funciona no Rio de Janeiro", diz.
“Cidade de Deus” Ano de lançamento: 2002
Direção: Fernando Meirelles, Kátia Lund
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7. "Breaking Bad"
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7/9 (Facebook/Breaking Bad)
A série americana conta como um professor de química da cidade de Albuquerque acaba se envolvendo com grandes traficantes. Após ser diagnoticado com câncer, Walter White passa a fabricar metanfetamina com um de seus ex-alunos. Ao longo da trama ele vira o principal traficante da região e não consegue se desvincular do tráfico. "Breaking Bad aponta como as pessoas podem ser corrompidas e como é fácil entrar em um caminho corrupto e político", diz a socióloga Rosana Schwartz, que indica o seriado. "Quando o personagem atinge o poder máximo, ele almeja ainda mais". Isso acontece o tempo inteiro na esfera política". “Breaking Bad”
Ano de lançamento: 2008
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8. "Scandal"
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8/9 (Creative Commons)
A série norte-americana conta a história de uma ex-funcionária da Casa Branca, em Washington D.C, que abre uma empresa especializada em gestão de crise. No decorrer dos episódios, porém, ela passa a resolver os problemas de seus clientes com metodologias ilícitas e, muita vezes, antiéticas pra que a situação não chegue na boca do público. “Scandal” Ano de lançamento: 2012
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9. Viu essa?
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9/9 (Robyn Beck/AFP)