Brasil: única participação do país é com o ex-jogador de futebol Pelé, que não aparece na lista, mas escreveu o perfil do português Cristiano Ronaldo (Scott Eells/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2014 às 15h43.
São Paulo - A lista anual dos mais influentes da revista norte-americana "Time" de 2014, divulgada nesta quinta-feira, 24, traz quatro sul-americanos, mas nenhum brasileiro.
A única participação do país é com o ex-jogador de futebol Pelé, que não aparece na lista, mas escreveu o perfil do português Cristiano Ronaldo, eleito um dos 100 mais influentes.
No ano passado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e o chefe de cozinha Alex Atala estavam entre as personalidades mais importantes do mundo.
Entre os sul-americanos na lista deste ano estão os presidentes do Uruguai, José Mojica; da Venezuela, Nicolás Maduro; e do Chile, Michelle Bachelet.
O grupo é completado pelo argentino Jorge Mario Bergolio, o papa Francisco, que teve seu perfil escrito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Em 2013, Barbosa teve seu perfil escrito por Sarah Cleveland, professora de direito internacional da Universidade de Columbia.
Ela lembrava o julgamento do Mensalão e dizia que o jurista representava um Brasil comprometido com o multiculturalismo e a igualdade.
"Barbosa não foge de uma controvérsia", comentou a colega. Em 2012, três brasileiros figuravam na lista: Eike Batista, Maria das Graças Foster e Dilma Rousseff.
No perfil que escreveu este ano para o papa Francisco, Obama diz que o pontífice é um tipo raro de líder: daqueles que nos fazem querer ser uma pessoa melhor.
"Sua Santidade nos comoveu com sua mensagem de inclusão, especialmente para os pobres, os marginalizados e os excluídos", comentou o presidente norte-americano.
Já o perfil de Maduro, escrito pelo político indiano Nikhil Kumar, é menos elogioso.
O autor lembra que, um ano após a morte de seu mentor, Hugo Chávez, o presidente venezuelano enfrenta diversos problemas, como a inflação elevada e escassez de alimentos, que alimentam o descontentamento popular.
"Se o país vai entrar em colapso, agora depende de Maduro, assim como se ele conseguirá sair da sombra do seu predecessor briguento e chegar a um compromisso com seus oponentes".