Neil Young: avesso ao culto da imagem, músico construiu uma carreira sólida sem se envolver em (quase nenhum) escândalo (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 10h29.
São Paulo - É importante lembrar que Neil Young escolheu dar o nome de Hippie Dream para sua autobiografia. Nada mais adequado, aliás. Afinal, ele é um dos raros personagens que conseguiu passar décadas sendo um dos principais roqueiros sem não se afastar de seus princípios e bandeiras.
O cofundador da lendária Buffalo Springfield tem um bocado de hippie, ainda que empunhe sua guitarra Gibson que ganhou o nome de “Old Black” com fúria em determinados momentos.
Avesso ao culto da imagem, Neil construiu uma carreira sólida sem se envolver em (quase nenhum) escândalo. É nisso que o velho artista canadense aposta em seu livro.
Sobram relatos de sua visão da indústria fonográfica e sua luta pela melhor qualidade dos arquivos de música digital, sua cruzada em direção da adoção dos carros elétricos como nova way of life americana e sua dedicação para cuidar dos filhos Zeke, Ben e Amber.
Festanças, sexo e drogas são tratados como parte da trajetória – da qual Neil mostra ter alguns arrependimentos – e, não como sua meta como artista popular. É o mais “família” que uma biografia roqueira pode ser. E, acredite, isso não é nada ruim.