Negroni foi criado há 103 anos a pedido de conde italiano (APTK Spirits/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2023 às 14h19.
Última atualização em 6 de janeiro de 2023 às 14h23.
O ícone da coquetelaria mundial faz jus aos seus 103 anos. “Inventado” em 1919, na Itália, a história do Negroni tem diferentes versões, mas a que o tornou conhecido há décadas nasceu na cidade de Florença, quando o barman Fosco Scarselli foi solicitado pelo Conde Camilo Negroni a desenvolver algo mais forte que o tradicional Americano, outro drinque italiano clássico criado em 1860 com Campari, vermute e água gaseificada.
O aristocrata pediu para substituir a água pelo gim, em homenagem às suas últimas viagens para Londres e, no começo, a bebida ficou conhecida como "Americano à moda do conde Negroni". Em seguida, se popularizou apenas como Negroni. Nasce a partir daí o drinque que vem tomando a mesa dos mais elegantes do país e que deu origem a algumas variações, que, normalmente, substituem a base de gim por outra bebida.
O Negroni é uma composição de três elementos em partes iguais: Gim, Red Bitter (Campari ou Scarlatti) e um vermute tinto (Circollo Rosso, Carpano ou Pontemes). Mas a grande sacada na preparação é o gelo, já que não pode haver alta diluição. O segedo é um cubo grande ou esfera de forma para que a diluição seja muito gradativa e a bebida fique gelada, não aguada. Um twist de laranja na borda do copo baixo, também pode colaborar com o gosto. Tudo com delicadeza e descrição.
Existem locais sensacionais de Negroni em todo o Brasil, como o Guilhotina e o Le Jazz em São Paulo; o Nosso, no Rio de Janeiro; e o Mistic, em Búzios (RJ). Outra dica é apreciar o drinque escutando um bom jazz de fundo - como Chat Baker ou Miles Davis -, sempre com bom humor e um copo baixo que permita visualizar o vermelho da bebida contrastando com o gelo translúcido.
Uma curiosidade importante, segundo o guia International Brands Report, o Negroni foi o drinque mais consumido em 2022, o que prova de que esse centenário nunca sai de moda. Além da receita tradicional, existem as versões Negroni Jerez, Negroni Café e Negroni com infusão de botânicos, para todos os gostos.
Aqui vai uma opção para quem quer apreciar o drinque numa receita diferente:
Colocar tudo em um copo baixo, adicionar o gelo, agitar com um misturador próprio e dar a terminação com um twist de laranja nas bordas do copo.
Essa versão é o nosso entendimento do diálogo entre Negroni e Espanha. Aconteceu da percepção de "seco" que o Jerez espanhol provoca, servir muito bem ao equilíbrio da receita original.